sexta-feira, junho 15, 2007

Proibam a torcida do Boca

É uma questão mínima de bom-senso. De responsabilidade.
Alguém com poder para isso tem de aconselhar, proibir, impedir a torcida do Boca de vir a Porto Alegre.
Depois do que a torcida do Boca fez com a torcida gremista no jogo da última quarta-feira, IMPOSSÍVEL não haver represália.
Para impedir incidentes graves, somente cancelando a vinda daqueles vândalos, expressão que se apresenta suave. Já que a polícia argentina não protegeu os brasileiros, não quero ver a nossa polícia gastar o nosso dinheiro para proteger aqueles...
Para não haver incidentes - não os desejo nem os incentivo - somente impedindo aqueles ... de vir a Porto Alegre.
O relato dos jornais de Porto Alegre é muito "soft" diante do que aconteceu:

CORREIO DO POVOPORTO ALEGRE, SEXTA-FEIRA, 15 DE JUNHO DE 2007
Gremistas roubados e agredidos na Argentina
Os gremistas que foram ao estádio da Bombonera não irão esquecer tão cedo tudo o que passaram em Buenos Aires. No jogo, amargaram uma goleada de 3 a 0. Fora dele, muitos torcedores foram vítimas de agressão e de assaltos, antes e depois da partida, perdendo ingressos, documentos, dinheiro, roupas e objetos pessoais. A maioria teve de retornar em ônibus com janelas quebradas. Dos 40 ônibus que deixaram Porto Alegre e outras cidades gaúchas, apenas dois não sofreram algum tipo de dano.
Os casos mais graves envolveram gremistas que tiveram de ser atendidos em hospitais, em conseqüência de agressões sofridas de torcedores e, principalmente, de assaltantes nas imediações do estádio. Alguns assaltos foram à mão armada. Um ônibus chegou a ser invadido por um grupo com revólver em punho, que recolheu pertences de gremistas que iam ao jogo.
O caso mais grave, porém, foi um acidente. O torcedor Marcos Wedman, de 17 anos, foi pisoteado, próximo do estádio, por um grupo de torcedores que corriam atrás de um ladraõ. 'Houve uma correria e eu acabei no meio da confusão', resumiu o torcedor, que foi levado por policiais ao hospital público Dr. Cosme Argerich, que fica perto do estádio do Boca. Ele sofreu fratura de tíbia e perônio e submetido a uma pré-cirurgia. Acompanhado de seu pai, o jovem gremista volta hoje a Porto Alegre.
Gremistas param em hospital portenho (ZH)

Grêmio
Dez ônibus gremistas foram apedrejados na Argentina
Às 12h de ontem, o cenário ainda era de guerra na aduana de Paso de los Libres, fronteira entre Argentina e Brasil. Dos 12 ônibus de torcedores gremistas que voltavam de Buenos Aires, dez tinham sinais do vandalismo da torcida do Boca.O pátio estava cheio de cacos de vidros. No veículo mais atingido (dez janelas quebradas e o pára-brisa estilhaçado), o motorista Carlos Alberto Gomes, 58 anos, viveu a noite de maior horror em 35 anos de profissão:- Tomamos dez pedradas no pára-brisa, sorte que não quebrou. Pior ainda foi viajar por dez horas sem poder consertar o vidro.O pânico das pedradas na vizinhança do estádio deu lugar ao drama do frio da madrugada.- As bandeiras até amenizam, mas o vento é cortante aqui dentro do ônibus - disse o torcedor Alexandre Bitar, mostrando uma pedra que ficou no interior do veículo.Papelões e lataria foram improvisadosO ônibus seria trocado em Uruguaiana. Os demais seguiriam para todo o Rio Grande do Sul e Santa Catarina mesclando, na lataria, vidros e papelões.O ônibus que a reportagem acompanhou também foi alvo de pedradas perto da Bombonera.Teve até veículo assaltadoO caso mais grave ocorreu com um ônibus de Santa Maria, assaltado perto da Bombonera. Segundo passageiros, sete argentinos entraram no veículo depois de apedrejá-lo.Surraram os motoristas e roubaram dinheiro e pertences. A excursão ficou pela manhã em Buenos Aires porque três pessoas precisaram de atendimento médico por escoriações. Fora o conserto do veículo.
(diário gaúcho)

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