quarta-feira, agosto 15, 2007

O caso dos cheques da ISL


Grêmio
Guerreiro: relatório é "tendencioso"
Ex-presidente envolvido no caso ISL considera "precários" depoimentos que o incriminam

Arquivado segunda-feira pelo Conselho do Grêmio, o relatório da Comissão de Ética que pedia a exclusão de José Alberto Guerreiro do Quadro Social foi definido como "tendencioso" pelo ex-presidente.Por 115 votos a 89, o Conselho determinou o arquivamento, sem permitir ao menos sua leitura. Para o ex-presidente Oly Fachin, "o caso acabou em pizza".- Os depoimentos foram colhidos em condições precárias. Sequer anotavam o que as pessoas diziam - criticou Guerreiro.Relator da comissão desde agosto do ano passado, Pedro Ruas alegouque o arquivamento "entra de forma infeliz para a história do Grêmio".Segundo ele, o relatório final continha inicialmente cem páginas, que acabaram condensadas em 12 após refeito "ao menos 10 vezes".- Não fazer a leitura constitui desrespeito à comissão de ética, à torcida e à sociedade. O Conselho precisa refletir para que algo assim não aconteça mais, sob pena do esvaziamento dos próximos trabalhos - avaliou o relator.Dizendo-se frustrado com o desfecho do caso no Conselho, Ruas disse que os ex-presidentes Fábio Koff e Paulo Odone, autores do pedido de arquivamento, "estavam em um dia infeliz".Guerreiro assegura que não pediu o arquivamento. Lembra, contudo, que a comissão de ética deixou de ouvir pessoas importantes, como os ex-dirigentes Dênis Abrahão, Juarez Aiquel e Jayme Eduardo Machado, que trabalhavam em sua gestão.- Quando fui convocado a depor, mandei ofício pedindo para não me pronunciar antes de uma decisão judicial. Como iria antecipar provas se o processo corre em segredo de Justiça? - defende-se.

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