Coluna
Gremista Atento
21/08/2007 - 12:33:54 - por Evandro Krebs
A última reunião do Conselho Deliberativo do Grêmio revelou para o grande público algumas das tantas dificuldades que uma instituição centenária e conservadora carrega consigo nesses anos todos de luta na busca da democratização, transparência e modernidade.
De tempos em tempos o clube escorrega e dá um passo atrás. É inexplicável, incompreensível e até mesmo hilariante que, mais uma vez, os conselheiros tenham decidido, por maioria de votos, pelo “não sei, não quero saber e tenho nojo de quem sabe”.
Acreditem! Este não foi um episódio isolado; já havia sido assim quando, por exemplo, anos atrás, após realizada e paga auditoria contábil, solicitada pelo próprio conselho deliberativo para examinar as contas do clube, optou-se pela não leitura do parecer técnico-conclusivo. Agora, repete-se a mesma balela.
E dizer que houve pessoas comemorando. Comemorar o quê? Deveriam, isto sim, envergonharem-se do papelão do qual foram melancólicos protagonistas. Nesta “seleta turma”, encontravam-se alguns dos fiéis propagandistas da atual “democracia tricolor”.
Passado o episódio, ainda fomos obrigados a ouvir alguns discursos desafiadores e apimentados com “letrinhas políticas” ameaçadoras, encomendadas e plantadas.
E aos paranóicos que ao vestir o chapéu transfiguram-se enfurecidos digo-lhes que meu registro não tem direção específica a quem quer que seja. Pelo contrário, como Gremista apaixonado, carregando um currículo de serviços prestados ao clube ao longo de 20 anos, e que muito me orgulha pelo reconhecimento do torcedor, tudo o que eu esperava ter era a certeza de que, após o conhecimento real dos fatos, por completa insuficiência de provas, a decisão fora pelo arquivamento do processo e a conseqüente absolvição do réu, muito embora, preliminarmente, defendesse a retirada de pauta do exame da matéria, até que o processo judicial transitasse em julgado.
A consolidação da democracia sempre foi lenta. No futebol, em função dos interesses de alguns e da procurada visibilidade de outros tantos, o meio se presta a alimentar o espírito da exclusão, inveja e do personalismo.
Em época de eleições, não tenho dúvidas de que o torcedor-associado do Grêmio estará muito atento a todo este jogo de poder, não se deixando influenciar pelo discurso meramente populista e oportunista, mas valorizando, isto sim, aquelas pessoas que independentemente dos momentos de maior ou menor dificuldade do clube sempre estiveram lutando e trabalhando, ora corrigindo equívocos passados, ora alcançando conquistas no presente.
Sou favorável à organização de movimentos políticos para oxigenação do clube. Penso até que deveríamos repensar e reduzir um pouco mais os percentuais de barreira e com isto facilitar e fomentar uma maior participação dos associados na vida institucional.
Mas é preciso ter conteúdo no discurso e coerência na prática, respeitando o contraditório, mas lutando sempre pela democracia, onde, quem sabe, algum dia, os “patos novos” possam conviver em clima de respeito e harmonia com os “gansos velhos”.
Evandro Krebs.
evandro.krebs@final.com.br
A última reunião do Conselho Deliberativo do Grêmio revelou para o grande público algumas das tantas dificuldades que uma instituição centenária e conservadora carrega consigo nesses anos todos de luta na busca da democratização, transparência e modernidade.
De tempos em tempos o clube escorrega e dá um passo atrás. É inexplicável, incompreensível e até mesmo hilariante que, mais uma vez, os conselheiros tenham decidido, por maioria de votos, pelo “não sei, não quero saber e tenho nojo de quem sabe”.
Acreditem! Este não foi um episódio isolado; já havia sido assim quando, por exemplo, anos atrás, após realizada e paga auditoria contábil, solicitada pelo próprio conselho deliberativo para examinar as contas do clube, optou-se pela não leitura do parecer técnico-conclusivo. Agora, repete-se a mesma balela.
E dizer que houve pessoas comemorando. Comemorar o quê? Deveriam, isto sim, envergonharem-se do papelão do qual foram melancólicos protagonistas. Nesta “seleta turma”, encontravam-se alguns dos fiéis propagandistas da atual “democracia tricolor”.
Passado o episódio, ainda fomos obrigados a ouvir alguns discursos desafiadores e apimentados com “letrinhas políticas” ameaçadoras, encomendadas e plantadas.
E aos paranóicos que ao vestir o chapéu transfiguram-se enfurecidos digo-lhes que meu registro não tem direção específica a quem quer que seja. Pelo contrário, como Gremista apaixonado, carregando um currículo de serviços prestados ao clube ao longo de 20 anos, e que muito me orgulha pelo reconhecimento do torcedor, tudo o que eu esperava ter era a certeza de que, após o conhecimento real dos fatos, por completa insuficiência de provas, a decisão fora pelo arquivamento do processo e a conseqüente absolvição do réu, muito embora, preliminarmente, defendesse a retirada de pauta do exame da matéria, até que o processo judicial transitasse em julgado.
A consolidação da democracia sempre foi lenta. No futebol, em função dos interesses de alguns e da procurada visibilidade de outros tantos, o meio se presta a alimentar o espírito da exclusão, inveja e do personalismo.
Em época de eleições, não tenho dúvidas de que o torcedor-associado do Grêmio estará muito atento a todo este jogo de poder, não se deixando influenciar pelo discurso meramente populista e oportunista, mas valorizando, isto sim, aquelas pessoas que independentemente dos momentos de maior ou menor dificuldade do clube sempre estiveram lutando e trabalhando, ora corrigindo equívocos passados, ora alcançando conquistas no presente.
Sou favorável à organização de movimentos políticos para oxigenação do clube. Penso até que deveríamos repensar e reduzir um pouco mais os percentuais de barreira e com isto facilitar e fomentar uma maior participação dos associados na vida institucional.
Mas é preciso ter conteúdo no discurso e coerência na prática, respeitando o contraditório, mas lutando sempre pela democracia, onde, quem sabe, algum dia, os “patos novos” possam conviver em clima de respeito e harmonia com os “gansos velhos”.
Evandro Krebs.
evandro.krebs@final.com.br
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