sexta-feira, agosto 03, 2007

Turma do come,bebe e dorme

Coluna
Turma do come, bebe e dorme 31/07/2007 - 14:24:56 -
por Evandro Krebs
Dentro de campo, após merecida e orgulhosa conquista do Vice-Campeonato da Copa Libertadores da América de 2007, como era previsível, viria o relaxamento natural de um grupo de atletas que viveu, intensamente, sob o stress do “fio esticado”.

O “day after” nos indica que chegou a hora de novas reavaliações, sobretudo na relação custo-benefício de alguns jogadores que, além de não contribuírem tecnicamente, não souberam incorporar espírito e alma para jogar no Grêmio, em que pese a tolerância do torcedor e as oportunidades recebidas pelo treinador.

Neste contexto, nada mais natural que a equipe passe por momento de instabilidade técnica. Sabíamos todos que o time tinha sido montado para dar uma resposta em seis meses e que, passado este período, independentemente dos resultados, as mudanças seriam inevitáveis.

Em futebol há que se ter ousadia com responsabilidade. Isto só não significa garantia na execução do projeto, mas, com certeza, é o caminho mais indicado na busca do sucesso. Não havendo a satisfação das expectativas, há que se ter humildade para a devida compreensão e imediata cirurgia na reversão do quadro.

Falo, fundamentalmente, de Schiavi – que já se foi, Amoroso e Kelly. Penso que Tuta ainda mereça uma nova oportunidade, mas, convenhamos, os demais citados, apesar da biografia que carregam, transformaram-se, pelo menos neste momento, em ex-atletas, insuficientes para as necessidades e pretensões de um clube que segue com a ambição de vencer e que luta, com todas as forças, para alcançar novos objetivos de conquistas.

Entre veteranos desconectados e juvenis elétricos, sou sempre pela aposta na gurizada, embora saiba não ser suficiente para a chegada ao topo da tabela. Pois, então, que se faça como no episódio Léo Lima, quem não estiver a fim que deixe passagem para que venham outros que estejam dispostos a incorporar o verdadeiro espírito da garra gremista e acrescentar qualidade e experiência a um grupo seleto de jovens atletas promissores.

Fora de campo, começa a esquentar o debate político na medida em que se aproxima o período eleitoral. Em setembro, o clube renova metade de seus conselheiros e, logo depois, já com a nova composição, a escolha recairá sobre os novos comandantes do Conselho Deliberativo.

Algumas mudanças mostram-se necessárias, entretanto, espero que a aparente radicalização de alguns mais afoitos sucumba diante da maturidade e elevado espírito institucional da maioria, não se cometendo injustiças desnecessárias, minimizando conflitos, respeitando o contraditório e, sem ranço, avançando o processo democrático e transparente que reflete novos tempos de um novo Grêmio.


Evandro Krebs.

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