quinta-feira, julho 30, 2009

Libertadores 1983

Uma cidade, dois estádios

15:21 30/07/2009

Uma cidade, dois estádios: não é inédito em Copas

Fortunati visita obras do estádio Soccer City em Joanesburgo (Divulagação)

Fortunati visita obras do estádio Soccer City em Joanesburgo (Divulgação)

A visita técnica a Joanesburgo, na África do Sul, trouxe ao vice-prefeito e secretário extraordinário da Copa de 2014, José Fortunati, a convicção de que existe a possibilidade de Porto Alegre receber jogos em mais de um estádio na Copa do Mundo de 2014.

O maior centro financeiro sul-africano será a 11ª cidade na história das copas a sediar partidas em duas ou mais arenas (ver relação abaixo). “O levantamento que fizemos mostra que esta não é uma novidade e que ela pode voltar a ocorrer daqui cinco anos”, explicou Fortunati, lembrando que, em 2014, Porto Alegre deverá ser a única capital brasileira com dois estádios com padrão Fifa, o Beira-Rio e a Nova Arena do Grêmio.

Hoje, o único estádio gaúcho credenciado junto à Fifa é o Beira-Rio. “O prefeito Fogaça e a governadora Yeda já assinaram documento encaminhado aos organizadores da Copa solicitando a inclusão das duas arenas”, enfatizou o secretário.

Fortunati faz parte da “Missão África do Sul”, organizada pela Associação Nacional de Transportes (ANTP). Nesta quinta-feira, 30, os membros da comitiva visitam a cidade de Durban.

CIDADES COM JOGOS EM MAIS DE UM ESTÁDIO

1930: Montevidéu (Centenário, Pocitos do Peñarol, Parque Central do Nacional)
1938: Paris (Parc des Princes e Olímpico)
1966: Londres (Wembley e White City)
1978: Buenos Aires (Monumental de Nuñes e José Amalfitani)
1982: Madri (Santiago Bernabeu e Vicente Calderon); Barcelona (Sarriá e Camp Nou); Sevilha (Benito Villamarin e Ramón Sanchez Pizjuan)
1986: Cidade do México (Azteca e Olímpico); Guadalajara (Jalisco e Três de Março); Monterrey (Universitário e Tecnológico)
2010: Joanesburgo (Ellis Park e Soweto)

site Porto Alegre 2014

"Esta é a 11ª vez, em 19 Mundiais, que uma cidade sediará jogos em dois estádios”

19:08 29/07/2009

Fortunati visita estádios da Copa na África do Sul

Soccer City Stadiu, em Johanesburgo, local da abertura e final da Copa 2010 (Divulgação)

Soccer City Stadiu, em Johanesburgo, local da abertura e final da Copa 2010 (Divulgação)

No segundo dia da viagem à África do Sul para acompanhar a preparação do país para receber o maior evento esportivo do mundo, o secretário extraordinário da Copa 2014, José Fortunati, visitou nesta quarta-feira (30/07), os estádios de Johanesburgo. Nesta cidade, dois estádios de futebol receberão os jogos da Copa do Mundo de 2010, o Ellis Park, com capacidade para 62 mil expectadores e o Soccer City, com capacidade para 94.700 torcedores, que irá abrigar a abertura e o encerramento da Mundial de 2010.

De acordo com Fortunati, este exemplo demonstra que Porto Alegre poderá pleitear a realização de jogos no Gigante da Beira Rio, estádio confirmado pela Fifa para a Copa de 2014, bem como, a nova Arena do Grêmio. “Não abriremos nenhuma exceção na história das Copas, pois esta é a 11ª vez, em 19 Mundiais, que uma cidade sediará jogos em dois estádios”, destacou.

LOGÍSTICA DE ACESSO PREOCUPA

Conforme o secretário, é evidente que o entorno dos estádios é uma das preocupações básicas dos organizadores da Copa em Johanesburgo. Existe uma grande preocupação com a logística do acesso e especialmente da saída dos jogos.

É que além de um território restrito de aproximadamente 1 km no entorno do estádio onde ficará a imprensa, o acesso dos convidados especiais da FIFA e os demais torcedores que terão que se dirigir ao estádio com ônibus e veículos credenciados,.

Depois da visita, Fortunati, juntamente com a comitiva organizada pela Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), esteve reunido com a coordenadora da Copa 2010 do setor de Transporte e Mobilidade Urbana, Luzandra Udone, que representa o Departamento Nacional de Transportes da África do Sul. De acordo com Udone, a principal falha constatada durante a Copa das Confederações foi em relação à mobilidade dos torcedores que foram ao estádio, principalmente, durante a saída.

INVESTIMENTOS DE R$ 20 BILHÕES

Fortunati ressaltou as transformações pelas quais está passando o país africano. Em relação ao péssimo transporte público existente hoje, está sendo construído um novo sistema com ônibus modernos, corredores de ônibus e estações especiais que proporcionará mais qualidade em mobilidade aos sul-africanos. Além disso, está sendo construído um metrô ligando Pretória a Johanesburgo que, mesmo não ficando pronto para 2010, já está bastante adiantado.

Também estão sendo investidos em torno de 80 bilhões de Rans (aproximadamente 20 bilhões de reais) em obras de infraestrutura viária (como alargamento de vias, pavimentação, novas vias circulares, metrô e o novo transporte coletivo). O secretário surpreendeu-se com a quantidade dos recursos empreendidos, lembrando que o Governo Federal brasileiro está falando na liberação de R$ 3 bilhões para todo o país visando a Copa 2014.

MODERNIZAÇÃO TERÁ CONTINUIDADE NO PÓS-COPA

O secretário da Secopa destacou que o projeto de modernização das nove cidades que receberão os jogos de 2010 continuará depois da Copa, e a pretensão é investir até 2020 em torno de 160 bilhões de Rands (aproximadamente 40 bilhões de reais) em obras de infraestrutura e remodelagem de vias e do transporte coletivo.

Em relação aos aeroportos das cidades que irão sediar o Mundial já foram ampliados e modernizados. “Com toda a confusão da Copa das Confederações fica claro que os africanos serão enormemente beneficiados com o legado que irá ser deixado pela Copa do Mundo de 2010”, enfatizou.
Amanhã, o secretário estará em Durban, cidade onde as obras estão mais atrasadas e poderá correr o risco de ficar fora da Copa de 2010.

site Porto Alegre 2014

quarta-feira, julho 22, 2009

terça-feira, julho 21, 2009

Pegando fogo pelas bandas do Sempreimortal

Ainda bem que está em alto nível.
Josias inspirado.

PALAVRA DE GREMISTA # XXI – Carlos Josias

Os moderadores do Blog GRÊMIO SEMPRE IMORTAL, dando continuidade ao tópico PALAVRA DE GREMISTA, apresentam a entrevista com o conselheiro tricolor, colaborador e comentarista de nosso Blog CARLOS JOSIAS MENNA DE OLIVEIRA.

Leiam, comentem e conheçam um pouco mais sobre Carlos Josias.

Gremista desde quando?

Eu nasci em Rio Grande e vim para Porto Alegre bem menino.

Meu pai tinha sido jogador profissional do vovô tricolor e teve a sua época de glória junto com grandes ídolos daquele tempo. Para quem não sabe, o SC RIO GRANDE (mais velho clube do Brasil, fundado em 19.07.1900, dia do futebol, decretado pela CBF) foi padrinho do nosso Grêmio, veio a Porto Alegre para o apadrinhamento. O Grêmio, no inicio da década de 60 emprestou o Bugre – Alcindo – para o Rio Grande e ele se tornou goleador do campeonato gaúcho naquele ano, formando dupla com um atleta papa areia chamado Jesus. Fim do ano, consagrado, Alcindo foi repatriado pelo Grêmio; ele veio de volta para Porto Alegre, e com ele veio o meu coração: eu que já era tricolor, fiquei fanático pelo Grêmio.

Num jantar farroupilha, há uns 15 anos, contei esta história para o Bugre, e ele encheu os olhos d´ água. Foi o maior centroavante que vi jogar e junto com Renato Portaluppi, o maior jogador de toda a história do Grêmio que vi em campo com a nossa camisa!

- Desde que época integra o Conselho Deliberativo do Grêmio?

Em 1994 eu cheguei ao pátio do estádio para votar em eleição do CD. Comecei a receber cumprimentos de diversos amigos e não sabia por que. Aí me disseram, estás na chapa do CD. Eu não sabia. Meu nome fora sugerido pelo Dr. Renato Moreira ao Dr. Cacalo e fui incluído. Nunca pedi para ser incluído e muito me honrou ter sido lembrado. Entrei como suplente em 1994 e na eleição seguinte como titular, ou efetivo, e também, da mesma forma, fiquei sabendo da inclusão depois, não postulei, o ingresso se deu pela generosidade do Renato e do Cacalo em reconhecer no meu trabalho uma contribuição ao clube, que sempre entendi modesta.

- O senhor já participou de alguma direção ocupando algum cargo no Clube?

Sim, coincidência ou não, entrei para o Grêmio junto com o Danrlei em 1993…

O Dr. Fábio Koff tinha assumido um Grêmio quebrado, deixado pela gestão anterior que havia perambulado pela segunda divisão; tínhamos dificuldades até para pagar a conta da luz; ele e o Cacalo começaram a montar uma equipe para reerguer um clube sem crédito, combalido, e que vivia da saudade dos títulos; pois mudou. Não tenho dúvidas de que foi o período mais glorioso da história do clube; tirante os gauchões, que nem me lembro mais quantos foram, a não ser que um foi com o time reserva, o Banguzinho – foi a única vez na história que uma direção teve peito de por o time reserva para disputar o gauchão inteiro e ganhamos o campeonato – bem depois sucederam-se títulos, em 94 a Copa do Brasil, em 95 a Libertadores da América, em 96 o Brasileiro, em 97 novamente a Copa do Brasil… Ainda teve o Super Campeonato Brasileiro e a Recopa.

Enfim, foram tantos títulos que fica difícil contar em especial os do exterior.

Fui diretor jurídico, e sai no final de 1997 quando assumiu a gestão Guerreiro e veio a ISL.

Voltei em 2005 como Vice Presidente com o Grêmio na 2ª divisão e, de novo, quebrado; voltamos para a primeira, Batalha dos Aflitos, vencemos dois gauchões, chegamos a uma final de Libertadores depois de um Brasileirão magnifico e em outubro de 2007, depois de discordar do Presidente Odone, que queria que o ex Governador Antônio Britto assumisse a Presidência do Clube, renunciei à Vice Presidência.

Deixo bem claro, mas bem claro mesmo que, toda a minha contribuição nestes períodos foi modestíssima mas, e tudo na vida tem um mas, por coincidência, após sair em 2007 a Gestão Odone não pôs mais nenhuma faixa no peito: afirmou, não foi a minha falta, por óbvio, que levou a isto, mas aos desmandos de um Presidente que perdeu o controle sobre o clube por vaidade pessoal e coordenação ditatorial.

Não fosse o Krieger assumir o futebol talvez estivéssemos atirados na 2ª divisão de novo; por isto rechaço e repudio manifestações do tipo Odone nos tirou da 2ª divisão…

Conversa…Ninguém ganha e ninguém perde sozinho. O período glorioso de 93 a 98 só foi estupendo porque éramos um grupo unido e que pegava junto e porque todos trabalhavam engajados somente pensando no clube. O Grêmio, em 2005, só retornou e chegou aonde chegou porque havia um objetivo único: o Grêmio. Quando começou o individualismo e o estrelismo, o ´eu sou o cara` ´eu mando faço e aconteço` a gestão Odone afundou e não ganhou, repito nada de nada !

- As últimas eleições do Grêmio (Conselho Deliberativo e Presidência) marcaram o início da organização dos associados/conselheiros em grupos, em movimentos. Qual a sua opinião sobre isso? É legítima essa forma de organização?

É da essência da democracia o pluripartidarismo.

O nosso Grêmio está experimentando e ainda engatinha para entender bem o sistema, por isto tantos desencontros de grupos, tantas dificuldades para entendimentos. Mas não era mais possível viver sob o regime arcaico e ultrapassado de poucos mandando em tudo.

Ainda vamos enfrentar muitas barreiras, ainda vamos sofrer desgastes com isto, mas corremos para uma forma atual de governo, não tenho dúvida alguma de que isto é para o bem do nosso Grêmio, esta forma é mais do que legitima, ela é necessária, imperiosamente necessária. Precisamos ainda romper muitas barreiras, mas tenho certeza que andamos a passos largos para isto, logo ali adiante vamos encontrar um caminho mais participativo para a vida administrativa e política do Grêmio.

- Como surgiu o seu Movimento – Grêmio Imortal – e ele é composto por quantos integrantes?

O Grêmio Imortal nasce, na verdade, em 1993 com o grupo formado pelo Dr. Renato Moreira para compor o Jurídico da ocasião. Era um domingo, eu estava na minha casa com minha família, e o Dr. Renato, meu colega de turma na faculdade, e amigo pessoal, apareceu e me intimou: fui chamado pelo Cacalo e pelo Dr. F. Koff para montar o jurídico que vai tocar as coisas do Grêmio com eles daqui prá frente, e estou te convidando para fazer isto comigo.

Eu nunca tinha entrado na administração do clube, frequentava somente os jogos e as sociais; topei e fomos escolhendo os advogados que iriam nos fazer companhia, Brentano, atual Presidente do Conselho Fiscal, Alberto Guerra, hoje Vice Presidente, Luciano Hocsman, hoje Vice Presidente da Federação Gaúcha de Futebol… Enfim, diversos colegas hoje bem conhecidos de todos.

Ali era o embrião do Grêmio Imortal, agregando-se depois vários outros dirigentes, amigos, sócios, enfim, uns mais outros menos conhecidos do publico, mas todos altamente engajados nos interesses do nosso Grêmio, entre eles Denis Abrahão, Kevin Krieger, Marcos Herrmann, também Vice Presidente hoje, Pedro Ruas, Raul Régis de Freitas Lima, hoje Presidente do CD, Juliano Ferrer, de tantas façanhas como diretor jurídico do clube.

Enfim impossível citar todos. O grupo está aberto a todos, pois no inicio parecia um grupo só de advogados homens. Hoje temos homens, mulheres, meninos, meninas, engenheiros, comerciantes, vendedores, corretores de seguros, de imóveis, estudantes – muitos – taxistas, brancos, negros, alemães, italianos, libaneses, judeus, um grupo heterogêneo de profissões mas homogêneo de pensamento e amor ao clube.

Quanto ao número de componentes do grupo como não é a minha área, eu confesso que não poderia afirmar isto com absoluta precisão, mas certamente não menos que 250 integrantes cadastrados.

- Os gremistas que quiserem participar do seu grupo, como podem proceder?

O ingresso no grupo pode se dar encaminhando pedido ao Thiago (tbrunetto@gmail.com) que ele fará um cadastro, ou mesmo para o meu email (cajosias@terra.com.br) que eu encaminho ao setor correspondente.

- Qual a sua opinião quanto a profissionalização do Clube? Ainda existe espaço para o trabalho gratuito do torcedor/associado?

A profissionalização é imperiosa, uma necessidade, tanto quanto foi a mudança estatutária e quanto foi o pluripartidarismo. Mas também imperioso que a supervisão se dê por homens ligados emocionalmente ao clube, dirigentes ditos abnegados, conselheiros ou não que devem obrigatoriamente cobrar resultados dos profissionais que se não estiverem correspondendo devem e merecem ser substituídos.

- Qual o jogo do Grêmio que mais lhe marcou?

Essa pergunta clássica é quase impossível de ser respondida, porque o nosso Grêmio me marcou em muitos jogos, mas muitos mesmo, para não fugir da raia. Vou escolher o do MUNDIAL DE 1983.

Aquela taça que repousa no nosso memorial tem as digitais de Pelé, o maior jogador de todos os tempos e foi do Santos por 2 vezes o maior time de futebol de todos os tempos com Dorval, Coutinho, Pelé e Pepe. Tem as digitais do Maradona, tem as digitais do Zico, do Beckembauer, do Platini, meu Deus do Céu, do grande holandês Cruyff, e aquela taça, meus amigos, tem as digitais do RENATO PORTALUPI, do DE LEON, quem pôs a mão pôs, quem não pôs nunca mais.

Ali não se encontram as digitais do GABIRU! Podem procurar…

Então, com todo o respeito, não dá para comparar. Aquela taça é a maior conquista que um clube de futebol pode ter…

Quem teve, teve quem não teve, nunca mais. Pode botar coroa aqui, ali, por um cetro entre uma e outra para virar bloco carnavalesco (que mau gosto aquilo).

Pode mandar por replica da copa do tamanho de um zepelim na frente do estádio, não adianta, o nosso nível é outro, bem superior, a distância é oceânica…Gostem ou não

- Qual o melhor time do Grêmio que já viu jogar?

Depois do que disse acima, só poderia eleger o de 83; o Dr. Fábio Koff já disse que o de 1996 era superior; pode ser, mas o de 83 chegou lá e isto acaba tornando aquele mais relevante.

- Defina o Grêmio em uma palavra.

Paixão

- Alguma manifestação final.

Penso que esta fase de adaptação do clube ao novo sistema de integração ao CD e a formação de grupos políticos entre tantas vantagens trazidas vem também com algumas dificuldades que o tempo vai ensinar, a todos, como lidar com elas.

No afã de quem sabe querer ajudar o clube, participar ou dar boas idéias, tenho visto ouvido e lido, me desculpem, muita bobagem, muita ofensa e muita injustiça com alguma freqüência. Uma coisa é estar ´de fora` do clube sem ter a menor idéia do que se passa lá dentro, principalmente para quem nunca entrou e talvez nem saiba aonde fica a sala da presidência e a outra é estar lá e ter que decidir todos os dias, O trabalho lá dentro coloca os dirigentes na obrigação de se matar um leão por dia e em situações de se estar dentro de um triturador.

Sei, sei, que vai para lá tem que estar preparado para isto, mas indago: e quem está aqui fora criticando e criticando e criticando tem solução mágica para problemas que pensa ser simples? Não, não tem, e normalmente as soluções simplistas são ridiculamente absurdas. O que só não se diz para não se ferir pessoas que, em regra, em regra, veja bem, em regra são bem intencionadas.

Lembro-me de um movimento que apresentava dezenas de idéias de como mover melhor o marketing e o obter recursos para o clube, com incentivo a gremistas no interior do estado, etc etc etc… Tudo que era colocado naquele blog era tido por quem sabia como sugestões bem intencionadas mas já tentadas, algumas, e outras absurdas, que não dariam certo.

Em 2005 quando entrei no clube como vice, um dos lideres do movimento foi chamado e a ele foi posto na mesa: toma, faz o que tu quiser. Viaja, vai, e te vira, coloca em prática todas as tuas idéias…

Todas, todas, fracassaram…Hoje, há repetição…

Bem, o Krieger, por exemplo, foi alvo de incontáveis agressões. Hoje todo mundo comemora um Grenal que vai para a história. O Mario Fernandes virou o nome do jogo, mas ninguém diz que foi ele, Krieger, que foi lá discretamente repatriar o menino, ajeitou a vida dele, e propiciou o que se viu no Grenal. O mesmo se diga do Autuori, que foi o Krieger quem bancou…Talvez não dê certo no futuro, mas hoje é o nome do jogo…Então pergunto, já que tanto se criticou CUSTA ELOGIAR? Não dá para ser coerente? Criticar no erro e elogiar no acerto?

E o Souza que apostavam que não ficaria porque a negociação estava sendo equivocadamente conduzida, está lá por mais 3 anos! E o Maxi Lopes, quanto se ouviu que ele não era jogador de futebol, que não jogava nada, não custa agora chegar e dizer: puxa, me enganei, o cara é bom jogador…

A critica graciosa, às vezes ofensiva, desproposital e muitas vezes anônima, beira à covardia.

O Grêmio esta ai com um grande projeto ARENA que está sendo apoiado por quase todos os grupos políticos do clube, a exceção do Grêmio Acima de Tudo, a quem nutro profundo respeito e carinho face seus integrantes, o restante dos grupos políticos do Grêmio incentiva o projeto; pô, não dá para deixar andar isto tem que haver todos os dias uma paulada aqui outra lá?

A propósito, vou ter que falar nisto: qualquer assunto que se trate surge a Arena em meio a ele…

Invariavelmente são os mesmos que falam sobre ela; quando ganhamos o Grenal que tínhamos um motivo para comemorarmos juntos, todos, POIS SOMOS TODOS GREMISTAS – OU NÃO? – não é que os principais articuladores do contra ARENA não apareceram para dizer uma única palavrinha sequer? O que me deixa irritado é que alguns somente tem frases, palavras, e textos de reprovação, nunca um elogio, nunca um carinho: isto diferencia o Bernardon de tantos, mas me constrange em saber que alguns Gremistas pensam mais em suas teses do que no clube.

Não sou mais importante do que ninguém, mas tive duas passagens exitosas no clube (nem falo em competente, falo em exitosa), e senti na pele o que é estar lá dentro. Depois que se entra lá para dentro, muita coisa muda na cabeça da gente. Eu fiquei sozinho no episódio ISL, com mais um ou dois talvez – sozinho que digo e com referência a ir par a mídia abrir a boca – e na época fui tachado de louco, é verdade, sei disto, mas me poupem, nada tem a ver a ISL com a ARENA e mais do que isto, o Grêmio de hoje tem outro comando.

Penso assim que a política do clube pode ser feita, e vou dizer a isto a todos, a todos, me incluo a fim de que haja uma conscientização ampla disto, mais educada, menos precipitada, mais contributiva, menos ofensiva, e que se pense bem antes de se atirar pedras, bem pensado, afinal todos querem o bem do nosso Grêmio, e acho que algumas vezes isto não transparece. Mas de se reconhecer, estamos bem melhor nisto, estamos andando bem melhor nisto, e de coração espero que continuemos a melhorar PORQUE O NOSSO INIMIGO É UM SÓ E ESTÁ LÁ À BEIRA DO RIO! Saudações tricolores a todos gremistas e gratissimo aos moderadores por esta oportunidade neste espaço.

10 Respostas para “PALAVRA DE GREMISTA # XXI – Carlos Josias”

  1. Eduardo Bernardon Disse:

    Demorou, mas finalmente foi feita uma entrevista com o Josias.
    Sou suspeito para falar, por conhecê-lo e ter pelo mesmo uma admiração fraternal, mas é uma ótima entrevista.
    É como os moderadores escreveram: é ler e comentar.

  2. Brunetto Disse:

    Conheço o Josias apenas das rádios e daqui do blog. E sempre gostei das manifestações dele. Sempre me pareceu sincero e autêntico.
    Com ele não tem lesco lesco.
    Show de bola essa entrevista.

  3. Pablo Antonio Disse:

    Eu posso estar errado, mas o Josias tem uma coisa parecida com Bernardon: é ame-o ou desteste-o.
    E acho que o Brunetto escreveu certo, o cara é sincero e autêntico.
    Belo post.

  4. marcelo peter Disse:

    gostaria que o josias falasse mais sobre a arena. sobre suas ideias a respeito deste “fabuloso”, “maravilhoso” e “fantástico” projeto. PARA a OAS.

  5. Cláudio Sirangelo Disse:

    Caro Dr. Josias,
    Não te conheço pessoalmente, mas te admiro pela defesa intransigente dos interesses do Gremio, por ser um conhecedor do Clube e da sua história, e pelas sempre sabias palavras em prol do Gremio e, por vezes, destinadas, com fina ironia, ao co-irmão ribeirinho.
    Um abraço.

  6. carlos josias Disse:

    Marcelo: sobre a ARENA tu deves saber que foi criada a Gremio Empreendimentos, e é para lá que tens de dirigir tuas dúvidas, se é que tu não entendeu, mesmo,tudo o que já foi dito, e repetido exaustivamente. A GE tem um Presidente,um homem de caráter intocável, talentoso, um serviçal do clube, talvez o homem que mais entenda, hoje, da estrutura do nosso Gremio e de toda a sua situação economico financeira e patrimonial e jurídica. O homem que instalou o plano estratégico no Gremio. Se tu guardasse a tua ironia, nada finda, e fosses até ele talvez, nao, certamente, seria mais produtivo, prá ti. O Projeto Arena foi discutido quase um ano no CD do clube. Oito comissões foram nomeadas, todas recomendaram, posto em votação houve ampla concordância; houve debates na imprensa; meu grupo, e outros também, promoveram inumeros encontros para discutir a matéria, com engenheiros, arquitetos, entendidos em direito ambiental, economista, até um sociólogo e um psicologo participaram, este para analisar o impacto emocional na torcida, etc. Em reuniões do nosso grupo cuja convocação foi feita através dos orgãs de comunicaçao, fizemos ata de presença e temos em nossos arquivos – vou verificar se o teu nome consta lá. Nestas reuniões a platéia interagia, não sei se fosses a alguma, se desses opinião, se reclamasses, se te insurgisses. eu fiz isto incontáveis vezes. Sei que muitos que escrevem aqui criticando o projeto nao participaram deste processo. Eu tinha muitas duvidas sobre o Projeto no que respeita a ser bom ou não para o Clube e sempre confessei isto. Um dia depois eu escrevi um artigo sob o tiutlo – SOBRE ONTEM A NOITE – em que eu pedia aos deuses do futebol que a decisão do CD fosse a mais acertada. Em algumas questoes venci,noutras fui vencido, e agora rediscutir isto eu não faço mais. O momento ooportuno, Marcelo,passou e como disse não sei se tu participou dele, sei e repito que muitos daqui se quedaram silentes na ocasião e agora surgem do nada. Bem, depois que houve a aprovação, eu dei o assunto por encerrado e me coloquei ao lado daqueles que estão se dedicando,se esforçando, se esmerando, emprestando tempo e serviço para que o Projeto ande e dê certo. Vou te dizer uma coisa, Marcelo, nao deve ser o teu caso, mas tem muito colorado escrevendo em blog para cima e para baixo,que eu sei e conheço,metendo o pau na Arena. Acho que seriamos muito mais úteis ao Gremio se todos nós ficassemos ao lado de quem toca o projeto para que ele caminhe e dê certo. Ficar agora, de fora, torcendo contra. É ruim.
    Te respondi ?

  7. Antonio Carlos de Azambuja Disse:

    “Eu fiquei sozinho no episódio ISL, com mais um ou dois talvez – sozinho que digo e com referência a ir par a mídia abrir a boca – e na época fui tachado de louco, é verdade, sei disto, mas me poupem, nada tem a ver a ISL com a ARENA e mais do que isto, o Grêmio de hoje tem outro comando.”

    Errata: Não ficou sozinho, não, Josias. Naquela noite ( 15/12/1999, 240 presentes em Plenário), além de ti, abstiveram-se de votar o Projeto 5 outros Conselheiros: Marcelo Silveira Martins (irmão do Cacalo), Dr. Antonio Augusto Silvério Cruz (médico oftalmologista), Dr. Marco Antonio Costa Souza (advogado, teu desafeto), Desembargador Marco Antonio Scapini e este seu criado. Os últimos dois com pronunciamentos expressos – o teu não me lembro, tenho quase certeza que não ocorreu, vou ver a ata, desculpe-me se olvido – sendo o meu, em questão de ordem, preliminar, efetuado por escrito e abortado pelas intensas vaias dos presentes, o que levou-me, acossado, a emitir apenas um juízo final alertando que não reconhecia, naquela Direção e nem naquele Conselho Deliberativo, poderes para obrigarem-se pelo Grêmio a entregar os próximos 30 anos de sua vida – então, de quase cem anos – ao comando e à dependência total de uma empresa cuja idoneidade e competência só se conhecia por notícias de imprensa. Nem era de se invadir o mérito. Passei vexame, quase me atiraram tomates, não me deixaram falar. O dr. Scapini, , logo depois, disse uma frase singular: “eu li, sim, senhores, os contratos. Mas, sinceramente, gostaria muitíssimo de não ter lido…” Sucumbimos, 234 votos a seis.
    Então Josias, não ficaste sozinho, não, nas tuas intenções, ditas, depois, manifestadas em outros auditórios ( a mídia) que não o adequado, aquele de verdade, o Conselho Deliberativo. Lá, outros passaram a vergonha de serem apupados e ostensivamente contestados – quase que ironizados – por pronunciamentos candentes e apaixonados ( lembra o do dr. Flávio Lúcio Scaff, chamando os contestantes de inconscientes ou despreparados ?) em prol da excelência do negócio.
    A ata de tal infausta reunião deve estar arquivada no Memorial, com a Ema.
    O Projeto YSL era, para todos, uma Cruzada, encetada por meia dúzia de sábios dirigentes, com a chancela de 234 Templários, fanatizados, galvanizados e hipnotizados por um “avenir” redentor. O Santo Graal.
    Quando hoje, eu, sobrevivente, como todos, daquele naufrágio, tentando ser eqüidistante e sereno na análise do Projeto Arena e buscando a descoberta efetiva do seu real valor para o clube – envolvido em mais uma hipoteca de seu tempo histórico futuro ( vinte próximos anos) num outro negócio comercial de similar ou maior envergadura, porque apostando, agora sim, o seu patrimônio – presencio e testemunho o mesmo fanatismo medieval, sinto-me atemorizado.
    Talvez seja eu, ao fim e ao cabo de uma longa jornada de vida, no mundo lá fora e no interior do clube, efetivamente um inconsciente e um despreparado, como disse o meu amigo Scaff, numa noite perdida de dezembro, nos extertores do século passado ,ali, na sala do Conselho.
    Nem por isso, vou deixar de questionar – veja bem, não me opor intransigentemente – o que tem de ser questionado.
    Teria muito a falar do Projeto Arena, de suas muitas obscuridades e poucas claridades. O espaço não cabe e – acho, a bem do Grêmio – que não é hora, ainda, de atrapalhar o curso dos acontecimentos, com inúteis elocubrações, a servir apenas para maldosas especulações sobre tropismo de notoriedade, sem nenhum sentido prático e, até mesmo, honesto.
    Jamais – e o pudor me proíbe, quando não a rejeição pelo cabotinismo – quero alegar, em caso de fracasso, que fiquei sozinho contra a Arena. Como não fiquei sozinho no caso YSL. Não sou arauto ou profeta do acontecido.
    Infelizmente, no Grêmio, polarizaram-se e ideologizaram-se as opiniões sobre o referido empreendimento: há os que querem-no de qualquer jeito e há os que não o querem de forma nenhuma. E de tal maneira isso se põe que o tema ultrapassa posições políticas: os grupos que se opunham a Odone, são, hoje, os maiores aliados de seu maior empreendimento, e os grupos que o apoiavam defendem à morte o que Duda Kroeff faz na direção de realizá-lo.
    Não sobra espaço, no CD, para a terceira via. Quem sabe, a maioria silenciosa.
    O que denota um imprescrutável acordo tácito entre tais correntes, antes ferrenhas adversárias, no sentido da inadmissão total de qualquer indagação que se possa fazer a respeito. Viola-se a Santíssima Trindade
    Se der certo, para o governo atual, fomos nós que construímos; se der errado, foram eles que inventaram e assinaram. Enquanto isso, para o governo passado, se der certo, fomos nós é que criamos e, se der errado, foram eles é que não souberam executá-lo.
    Enquanto isso, joga-se para a arquibancada. Nem o PMDB faria melhor.
    E la nave va.
    Quero só conhecer.
    Por exemplo: os contratos assinados ostensiva e festivamente pelo Grêmio, no dia 19/12/2008, foram exatamente aqueles enunciados no edital de Convocação (08/12/2008) da reunião do CD de 16/12/2008 e devidamente examinados, considerados e aprovados tanto pelas diversas comissões quanto pelos membros do sodalício ? Ou não, teria(m) sido outro(s) ? Qual o seu teor ? Deles constaram as recomendações e ressalvas oriundas das comissões e do plenário naquela oportunidade ? Ou não ? Os membros dos 2 Conselhos de Administração, então em exercício e futuro, prestaram contas da delegação que lhes foi passada pelo Conselho Deliberativo a respeito dessas recomendações e ressalvas ? O Conselho Fiscal já se pronunciou sobre isso ? Este Conselho, algum dia, emitiu parecer sobre esse negócio ?
    Gostaria de me inteirar, posto que o Balanço encerrou em 31/12/2008 e, parece, nele nada se viu a respeito dos enormes reflexos patrimoniais derivados dos ajustes aprovados (permuta do Olímpico), salvo melhor juízo.
    Admito poder estar errado. Afinal, sou inconsciente e despreparado. Estou, inclusive, propenso a pedir desculpas públicas por isso. E o farei, humildemente, se elas couberem.
    È o que eu tinha a dizer, enviando ao Josias um abraço..
    Cacaio Azambuja

  8. flavio-floripa -sócio em dia 112681 Disse:

    Prezado Dr. Josias,
    Parabéns pela entrevista, e parabéns também pela postura adotada quanto ao Projeto Arena. Não se trata apenas de defender um ponto de vista, ou uma idéia, mas principalmente de sair em defesa de nossos poderes legitimamente constituídos pelo nosso estatuto. Lamento abordar este “assunto vencido” num momento que seria apenas para homenageá-lo, peço que me perdoes. Um forte abraço.

  9. carlos josias Disse:

    Dr. Azambuja. Nao sei exatamente o porquê, mas ultimamente o amigo e colega vem se colocando posição extremada, e as vezes me parece em demasiado revide, ao que falo. Dias desses, na coluna do Hiltor o amigo precipitadamente escreveu de forma forte e cntundente que pela minha tese com relação aos jubilados o patrono Fernando Kroeff teria sido defenestrado do CD, numa critica que me jogava contra a torcida e cntra o próprio conselho, num jornal lido por 11 mihoes de gauchos. Erro seu e grave, que lhe falei nas tribunas do Olimpico. A minha opinião clara e limpida sobre o assunto, é de que eu era contra a qualquer modalidade de eternização de conselheiros que não as já constantes do Estatuto e que são várias, como: O presidente do clube ingressa no conselho consultivo = se eterniza; o presidente e o vice do conselho, idem; o benemérito; o patrono ( o estatuto mantém a possibilidade de ser eleito ). Então só aqui já temos 5 modalidades de eternização. A minha contrariedade era e é em relação a criação de mais uma forma. Eu nao sugeria a retirada das existentes, eu não queria e me desagrada o ingresso de mais uma, que pelo visto o amigo e colega defende. Acho que já temos conselheiros demais com frequencia de menos, então nao vejo o porque de criar mais um meio de se aumentar a nominata. E repito, ser conselheiro do Gremio claro que é uma honra, mas o Grêmio não é um clube de amigos – e se foi tem que acabar com isto – que distribui vagas no conselho como se homenageia confrades e se dá prêmios a camaradas. Me desculpe. E quanto ao episódio ISL eu fui bem claro, NA MIDIA FIQUEI QUASE QUE SOLITÁRIO prezado Azambuja, tanto fiquei que diversos jornalistas e conselheiros do Inter, como o Praetzel, entao na RBS, e o HUGO AMORIN, diziam que a oposição do Gremio cabia numa Kombi e eu era o motorista. Eles se referiam ao unico que berrava nas ruas. Na mídia, na mida, seu Azambuja, não lá dentro, em esporádicas reuniões do CD -que como o sr. mesmo disse, eram abafadas por vaias dos comprometidos, o que hoje nao acontece … – era o seu amigo aqui que com todos os riscos e exposições, quase que diariamente batia contra. Me tornei o inimigo numero 1 da gestao Guerrero e era atacado nas ruas. Fiz dois conversas cruzadas com o Presidente Guerrero, e chegaram em mim porque diversos foram consultados e não aceitaram debaeter com ele. Num desses, sentei com ele e mais dois da gestao dele. Num programa de radio, na guaiba, escolheram a mim para debater com o Martinho Faria. Era eu que aos domingos estava na guaiba, no toque de letra, aonde o dal pizzol me apelidou de pregador no deserto, gritando e berrando contra os desmandos da gestao 2000, e fui eu quem invadiu o sala de redação depois da aprovação das congas da gestão 2000 para encarar as declaraçoes do entao presidente no mesmo programa e dia. E sabem porque me procuravam ? Porque outros nao aceitvam debater, diziam ser assunto de economica interna e alguns diziam in off aos repórteres que nao queriam se meter com receio de enfrentar a direção de entao. O meu desafeto, sr. dr. azambuja, só saiu as ruas para enfrentar o bixo, quando ele estava domado e morrendo. É fácil chutar a cara do cara caído, quer ver enfrentar o dragão quando ele cospe fogo pela boca. Ele entrou no CD porque era filho de quem era, e por isto tem um titulo de sócio com o final bonito. eu entrei sem pai nem mãe, o meu titulo eu me dei, e os dos meus filhos, eu dei a eles, e os numeros dos meus titulos nem sei, os finais nao sao bonitos, talvez, mas tem valia menor pelo suor da conquista de cada um, este valor pessoal não se estima. Entao a minha referencia nao foi no CD, lá vários se manifestaram e votaram contra, eu fiz referencia claramente que a minha posição foi publica, saiu pra fora do clube e chegou na torcida. Nao reclamei da posição lá dentro, o senhor não leu direito o que declarei. De novo ! Preste mais atenção para não cometer injustiças e gastar centenas de parágrafos sem necessidade. Lá no CD talvez o colega nao se lembre de eu ter me levantado e dito ao sr. Flavio Scaff que quem admnistrou uma empresa que faliu, como ele, não tinha curriculum para nos aconselhar sobre o caso. O sr. não se lembra disto né ? E também me vejo forçado a referir que participei de incontáveis encontros de grupos para discutir o projeto Arena e não lhe encontrei. Vi dezenas ou centenas de questionamentos sobre o Projeto, mas ao menos nos debates que fui,não lhe encontrei, o que não significa que o sr. nao tenha ido, claro. Não posso deixar de registrar, dr azambuja, sua referencia quanto à midia, aonde referi que fiquei sozinho, e repito, nao disse isto quanto ao CD, nao ser o auditório adequado. Ora, MAS PELO AMOR DE DEUS, será que li bem ? Será que ta escrito isto lá em cima. E o que é este blog se não comente da mídia ? Entao o sr. não está no território adequado para debater o projeto arena. Ora, tenha a santa paciência. PENSO que alguma coisa anda errada com o amigo. Não vi motivo algum nas minhas declarações, e nos menos de 5 frases que fiz sobre a ISL, para que fosse acusado um golpe desses e gerar uma manifesto tao veemente. E, registro, pela segunda vez, há uma reação forte do amigo em questões que coloco. Vou lhe ser sincero, não vou mais discutir com o colega pela via de blogs ou jornais e se é para ficar tao revoltado assim com o que falo. Mas vou fechar dizendo que no aso ISL nunca participei de um evento sequer em que fosse debatido o assunto como no caso ARENA. Mais ainda, quando o contrato foi colocado à disposição para o CD ele ja estava assinado. Eu fui lá ler o contrato junto com o Scapini, e com o meu desafeto. E já cansei de falar sobre nossa ida la, posso repetir aqui se algurm quiser. E não poderia deixar de dizer que dos que se abstiveram no caso ISL, dos 6, eu, o Scapini, o dr. Antonio Augusto agora fiaram ao lado do Projeto Arena, o Marcelo parece que não estava na reunião, mas representa o pensmento co cacalo, sabemos disto, e este está a favor do projeto; o marco souza se excluiu nao votou e, de fora, agora, tempos depois, tempos depois, descobriu que foi aprovado e que acha ele ruim, mais atrasado que trem de interior,por favor …… fiou o amigo e respeito sua posição, mas é prá ver como a questão, hoje, e diferente daquela, ou pelo menos uma maioria consideravel entende assim. Vamos fazer o seguinte, da próxima vez o senhor me diga pessoalmente o que sente, afinal, vemos os jogos invariavelmente perto um do outro, e a minha familia frenquenta os mesmos lugares que o senhor … não custa …. fica mais facil a correspondencia

  10. José Disse:

    Tenho informações de que, nas duas eleições nas quais o Sr. Guerreiro foi candidato (1998,2000) o Sr. Azambuja apoiou fortemente a chapa encabeçada pelo Sr Guerreiro (ISL).

    O Sr. Josias, em 1998, apoiou a outra chapa e, em 2000, concorreu pela outra chapa.

    Antes que alguém cuspa fogo, quero dizer que não estou condenando nem aplaudindo. Nem a um nem a outro. Estou informando um fato histórico. Só.

    Conclusão cada um tire a sua.


segunda-feira, julho 20, 2009

OLÉ: CLASICO Y LETAL

Fue clásico y letal
Maxi López le dio la victoria al Gremio en el clásico gaúcho frente al Internacional de D'Alessandro y Guiñazú.
El rubio saltó los cartekles y lo festejó con los torcedores. (LANCE)

Maxi López sigue brillando en Brasil. En esta oportunidad, clavó el gol que le dio la victoria por 2-1 a Gremio en el clásico contra Internacional. El rubio fue muy oportunista y aprovechó un rebote en Pablo Guiñazú, quien logró desviar un remate de un futbolista del Gremio pero no consiguió impedir que el delantero capturara el rebote y clavara, de cabeza, la pelota contra la red.

Internacional, que contó con la presencia de Andrés D´Alessandro y, ya está dicho, de Pablo Guiñazú (amonestado), empezó ganando cuando a los 24 minutos del primer tiempo, Nilmar puso a su equipo en ventaja luego de un remate fortísimo e inatajable para el arquero. A los 35, Souza clavó un tremendo tiro libre que le dio el empate a los de Porto Alegre. Ya promediando la mitad de la segunda parte, el ex River supo aprovechar una situación inmejorable, y le dio la victoria al local, que no ganaba el clásico desde el 2007.

En tanto, D'Alessandro logró jugar pese a la suspensión. En el primer tiempo se mostró muy activo y dos zurdazos al primer palo estuvieron cerca de darle un gol a su equipo.

El ex River sigue dando que hablar en Brasil, parece que la llegada de Valentino vino con goles y triunfos bajo el brazo.


Gre-Nal do centenário, Gre-Nal do século



http://www.gremio.net/news/view.aspx?news_type_id=16&id=8511&language=0


Temas estratégicos no sábado do associado


http://www.gremio.net/news/view.aspx?news_type_id=16&id=8496&language=0

domingo, julho 19, 2009

Dicas do Pires

Perguntas que não querem calar:

Quais as semelhanças e diferenças entre "sócio patrimonial proprietário" do Grêmio e proprietário de quota do “Fundo Social”?

Se esses ditos "Donos do patrimônio do Grêmio" são "UM MIL", correspondente ao número de quotas patrimoniais, o que são os outros milhares de assim chamados "sócios patrimoniais"?

Os "UM MIL" são também proprietários condominiais quotistas do patrimônio posteriormente adquirido, como, p. ex., pela "campanha do cimento" e de todo aumento patrimonial adquirido com a contribuição do sócio e da torcida gremista?

E futuramente adquirido com os índices?

Os demais sócios, pelo visto, têm interesses conflitantes com os "UM MIL". Terão embarcado numa" canoa furada" servindo de massa de manobra a interesses que nem sabem quais são?

Desta vez, o Pires não tem as respostas. Por isso, a dica se limita a que é precisa buscar essas respostas por motivos óbvios.

sábado, julho 18, 2009

As perguntas sobre a avaliação do terreno do Estádio Olímpico

Recebemos o seguinte texto de alguém que se identificou como conselheiro do Grêmio. Pediu, entretanto, reserva quanto à identidade, sob a alegação de que não deseja se envolver em controvérsias pessoais. Que o que importa é o debate de idéias e essas ele pede sejam divulgadas. Segundo o conselheiro ele se identificar ou não não altera em nada a importância ou desimportância do que está dizendo. Só não quer servir de "sparring" pessoal. Por isso, também, nem está se dirigindo pessoalmente a ninguém. Apenas "conceitualmente":

"A avaliação antes dos índices existe. Todo mundo conhece. Foi superdivulgada.

A avaliação após os índices nunca foi feita ou, pelo menos, nunca foi divulgada nem privadamente nem publicamente.Falo nas instâncias do Grêmio.

Tenho dúvidas sobre se essa avaliação é importante. SEM HISTERIAS. Tenho dúvidas. Não quer dizer que não deva ser feita. Acho que deve. SEM HISTERIAS nem pró nem contra.

As minhas dúvidas decorrem da pergunta sobre se o que tem de ser avaliado é o negócio global - com todas as fases - como a única coisa importante. Num negócio grande e complexo no qual se entrega uma área de terras com um estádio velho e recebe uma outra área de terras com um estádio novo, o que, realmente, importa avaliar? Claro que tem de ser levado em consideração o compartilhamento de resultados por um certo período (aproximadamente 13 anos. Enfim, nada relevante pode ser deixado à margem da avaliação.

Ou seja. Comparar o valor patrimonial do estádio antigo e do estádio novo. Mas, principalmente, comparar ambos como fonte geradora de caixa e de LUCROS. Direta e indiretamente. Rejeito liminarmente qualquer argumento que depende de "se" for feito isso, "se" for feito aquilo. Como se dizia? "O se morreu de velho". "Se" não existe. Nem pra situação presente/passada nem para o cenário futuro.

Se é estranho (?) não ter sido feita a avaliação após os índices, mais estranho (?) ainda é a insistência nesta pergunta somente agora como se fosse a única coisa importante. Por que somente agora? Por que a pergunta assim isolada sem a apresentação de uma análise concreta de TODO O NEGÓCIO?

Eu fiz a pergunta, na época. Não recebi a resposta específica, mas no exame do negócio global, essa questão me pareceu secundária.Era preciso tomar uma decisão rápida, com prazo, com inúmeras análises entre as quais não estava essa avaliação.

A Comissão de Patrimônio também fez a reivindicação na época. No entanto, jamais voltou a tocar no tema. Se continuar com o mesmo entendimento, acho que deve movimentar seu poder e influência. Sem tutela de terceiros. A Comissão é integrada por conselheiros com suficiente luz própria.

Na verdade, a pergunta não é uma pergunta. É uma acusação. Ela é feita em tom acusatório sempre com uma fundamentação lançando suspeitas sobre quem concebeu e realizou o negócio.E também sobre quem aprovou o negócio.

Considerado o antiquíssimo e consagradíssimo princípio de que o ônus da prova é de quem acusa, entendo que o próximo passo compete a quem está fazendo as questões acusatórias. Prove o valor do Estádio Olímpico. Prove o valor do patrimônio que o Grêmio vai receber em troca e, consideranto todos os direitos e obrigações, prove que o Grêmio fez um negócio desastroso ou, até, simplesmente um mau negócio (o grau da ruinosidade ficará por conta das provas a serem apresentadas).

Prestará um enorme serviço ao Grêmio.

Ou cale-se por razões óbvias. Não digo para sempre. Mas, com certeza, até ter as provas das perguntas/afirmativas acusatórias.Gravemente acusatórias."





quarta-feira, julho 15, 2009

Debate: opiniões sobre vantagens e desvantagens da Arena


Anteriormente, publicamos a manifestação dos associados Marco Antônio Souza e de Glênio Costa de Mello. O tema voltou à baila com o texto de Nestor Augusto Júnior e a réplica de Marco Souza à contestação de Glênio Mello.
Segue a transcrição da coluna de Wianey Carlet em www.zerohora.com:

Acreditando que qualquer debate é sempre produtivo, este blog mantém aberto o canal de discussões sobre a Arena Tricolor. A seguir, nova manifestação do ex-conselheiro Marco Antônio Souza, contrário ao projeto, e outra favorável a construção do novo estádio, enviada por Nestor Augusto Júnior. Ei-las:

“Caro Wianey,

Este texto que segue abaixo eu escrevi na noite de ontem na comunidade Gremio Arena, após ter lido no seu blog a resposta do Glênio para o ex-conselheiro Marco Antônio Souza, e à pedido de alguns colegas tricolores, estou encaminhando este texto para tu analisares as proporções dos fatos.

Atenciosamente,

Nestor Augusto Possa Júnior.

ARENA X OLÍMPICO

Sou de Lagoa Vermelha, fui algumas vezes ao estádio Olímpico, sei que tenho poucos créditos para comentar sobre o projeto Arena, mas me considero gremista o suficiente para expressar minha opinião, apesar de estar por fora do clima convivido aí em Porto Alegre, mas estou acompanhando o andamento da situação via internet e acredito que o nosso imortal GRÊMIO só tem a ganhar com este projeto, vamos aos fatos:

1) O nosso velho estádio Olímpico está simplesmente precário, pela televisão ele até aparenta estar em bom estado de uso, mas quando estive lá, vi com meus próprios olhos o que era comentado, o Olímpico, palco de tantas conquistas do nosso imortal tricolor, está com os dias contados, e quem é do interior tem uma melhor ótica sobre isto, pois aqui só se vê jogos pela TV e todos sabemos que a televisão disfarça bastante a aparência, e vocês estão frequentemente no estádio, ou seja, se acostumaram a enxergar as precariedades do nosso estádio, acabam não se impressionando;

2) Só há duas saídas: ou reforma o Olímpico (no meu conceito, inviável), ou constrói a Arena, continuar com nosso estádio desse jeito não tem condições;

3) Quando se fala em reforma do Olímpico, é preciso analisar não só a condição física e estrutural do estádio, mas também o “em volta dele”, o que pode crescer ao redor do nosso estádio, será que há espaço suficiente para ampliação de estacionamentos, construção de Shopping Center, Hotéis, etc., que são movimentos que agregam receita financeira para o clube, essenciais para um projeto de longo prazo;

4) Uma reforma do Olímpico seria um gasto necessário no momento, para um prazo de validade de mais uns cinqüenta anos, um estádio novo seria um investimento essencial, com uma previsão de durabilidade de no mínimo cem anos;

5) O custo para manter um estádio novo seria bem menor do que manter o “idoso” Olímpico, por exemplo: com instalações modernas, o consumo de energia elétrica seria no mínimo 20% menor do que manter as antigas fiações elétricas do nosso atual estádio; como será um estádio novo, praticamente não haverá custo com manutenção, novo é novo;

6) Um estádio novo, aliado à bons resultados do time dentro de campo, consequentemente atrairá novos sócios e também bon$ patrocinadore$ para o GREMIO, que por sua vez aumentará o seu faturamento, mas o marketing tem que se mexer.

7) Não precisamos sediar nenhum jogo de copa do mundo, precisamos de um estádio para nós, torcedores do GRÊMIO, para a avalanche da geral, agora imaginem que graça iria ter sediar um jogo da copa entre Austrália x Camarões, por exemplo, até porque a final da copa vai ser no Maracanã.

8) O GRÊMIO não corre riscos, pois a Arena será um bem alienado (me corrijam se eu estiver errado), em vinte anos a dívida será amortizada 100%, se parar para pensar, esse tempo não é tão grande assim comparado à repercussão que terá esse investimento depois de pronto. Se tudo for bem planejado, a obra sairá, e quem ganhará com isso não será apenas o torcedor gremista, mas o cidadão porto-alegrense em geral, pois poderá desfrutar de todo conforto e segurança que a nossa Arena irá proporcionar.

Por fim, gostaria de salientar que concordo plenamente com as palavras do colega gremista Glênio, ou melhor, “Gênio” por ter respondido claramente e de forma sucinta às provocações do ex-conselheiro do “caos” gremista. Nós gremistas, precisamos mais do que nunca, de pessoas com garra, com raça, não só dentro de campo, mas também nos bastidores, pessoas que nos façam voltar ao tempo de Bento Gonçalves, David Canabarro, Garibaldi, Onofre Pires, ícones que derramaram sangue por esta terra, que ficaram conhecidos por suas “façanhas”, e certamente inspiraram o GRÊMIO para o ser o que é hoje: O clube de futebol símbolo do Rio Grande GRÊMIO do Sul, como dizia o compositor Luiz Carlos Borges: “ME DE UM DIA UM ESQUADRÃO GAÚCHO, E COM ELE CONQUISTAREI O MUNDO”.


Agora, a contestação de Marco Antonio Souza:

“Prezado Wianey:

Em atenção a chamada que fizeste em tua coluna sobre a resposta oferecida a minha manifestação, peço que também insiras (postes no teu blog) a manifestação anexa, na qual apresento algumas considerações complementares sobre o assunto.

Agradeço tua atenção e a publicidade que está dando a tão importante assunto.

Como sempre faço, assumo integral responsabilidade por todos os termos de minha manifestação e autorizo sua divulgação irrestrita.

Um abraço, Marco”


“Li hoje a manifestação do senhor Glenio Costa de Mello, sócio do Grêmio e Moderador da comunidade Grêmio Arena no Orkut, a quem não conheço pessoalmente. Diante da resposta eminentemente pessoal, inclusive ofensiva, encaminho os presentes esclarecimentos complementares sobre o assunto.

Preliminarmente quero outra vez registrar que achei estranha a forma agressiva e desrespeitosa como fui tratado por uma pessoa que sequer conheço, ora como uma pessoa sem seriedade, ora como alguém que tem outros interesses no assunto. Como referi acima estou analisando os termos da manifestação para avaliar corretamente as medidas que eventualmente adotarei.

O texto que escrevi é eminentemente objetivo e não faz acusações ou insinuações a qualquer pessoa. Por isso minha estranheza com o tom pessoal da resposta e especialmente porque – como antes referido - sequer conheço pessoalmente o cidadão que respondeu e que também não me conhece .

Quem sabe de minha atuação como Conselheiro durante mais de dez anos, jamais faria as afirmações ofensivas apresentadas pelo senhor Glenio. Posso ter muitos defeitos, mas jamais faltei com seriedade nos assuntos do Grêmio. E quanto aos “outros interesses” quero dizer que nenhum benefício eu terei com o Grêmio ficando no Olímpico ou indo para a Arena. Trata-se apenas de uma questão de convencimento, alicerçada em um longo conhecimento do Clube.

Ainda como matéria preliminar, quero registrar que não sou conselheiro do Grêmio desde o ano de 2006 e, portanto, são totalmente descabidas as insinuações de omissão e falta às reuniões do Conselho Deliberativo. Aliás, apenas para informar ao senhor Glenio Costa de Mello, duvido que algum outro conselheiro tenha sido mais assíduo, presente e participativo do que fui no período em que integrei aquele Conselho. Basta consultar as atas.

Finalmente, como último assunto prefacial, esclareço que um dos grandes e incontornáveis óbices que encontro na realização deste negócio da Arena é precisamente a falta de uma avaliação técnica e insuspeita da Azenha. Pois os precisos termos utilizados pelo senhor Glenio confirmam integralmente o problema. Afirmou ele: “Quanto aos valores imobiliários, temos a informação de avaliação do Olímpico em 80 milhões...” (sic) (grifei e destaquei)

Com o máximo respeito que merece uma pessoa que desconheço, mas basear a defesa de um negócio dessa magnitude e importância para o Grêmio em uma mera informação é agir com extrema falta de cuidado, além expor um Clube centenário a riscos incalculáveis.

Permanecem as perguntas sem respostas: Quem avaliou a Azenha? Quando? Quanto vale a Azenha?

Esclarecidas estas questões preliminares, vamos aos fatos.

O tópico principal da resposta do senhor Glenio Costa de Mello é de que o Grêmio não pagará “aluguel” pela Arena. É curioso observar que o próprio senhor Glenio, no curso de sua manifestação, admite a ocorrência de pagamentos mensais afirmando que o Grêmio agiria ”como qualquer mortal que compra o seu imóvel financiado no SFH e aliena fiduciariamente sua dívida no imóvel” (sic). Resta assim reconhecido que o Grêmio pagará mensalmente uma parcela, quer seja ela chamada de aluguel, prestação, ou qualquer outro nome. A verdade que aparece é uma só, reconhecida pelo próprio senhor Glenio, o Clube pagará um valor mensal à OAS. Aliás, o reconhecimento de pagamentos mensais também está estampada na afirmação de que o Clube somente terá a propriedade plena da nova Arena em 20 anos. Se o Grêmio não vai pagar aluguel, prestação, etc., porque a propriedade plena somente será do Grêmio depois de 20 anos?

Mais uma vez com o máximo respeito, é relevante afirmar que igualmente não é correta a afirmação de que o Grêmio não entregará o seu patrimônio atual. O Grêmio entregará 100% da Azenha, do qual é o único proprietário, em troca de uma imóvel do qual somente terá “a plena propriedade em 20 anos”. Ou seja, o Grêmio entregará o seu patrimônio desonerado (é obrigação eliminar os gravames sobre o Olímpico até a entrega) e receberá um imóvel com uma dívida (de aluguel, financiamento, etc.) de muitos anos.

Achei muito interessante a afirmativa de que o negócio não é uma simples aquisição de um estádio pronto, tanto que ninguém fez ainda negócio semelhante. Ora, o fato de ninguém ter já realizado negócio semelhante é um indicativo de grave risco, ou será que só o Grêmio tem a esperteza necessária para fazer esse “maravilhoso” negócio? Em outras palavras, todos os demais são “burros” e só nós somos os inteligentes!?!?!?

Não menos interessante é a afirmação que “o Grêmio terá uma receita maior que a que obtém hoje com o Olímpico”. Primeiro, a receita que o Grêmio tem hoje no Olímpico é marcada pela absoluta incompetência de administrar e gerar renda com a plenitude da Azenha (“carecão”, ginásio, etc.). Portanto, sem a devida exploração da área da Azenha não se pode comparar eventuais rendimentos. O curioso é observar que é muito falada a elevação de arrecadação que o Grêmio terá com a nova Arena. Quanto será esta arrecadação? Qual o valor projetado para a arrecadação do Grêmio com a nova Arena nos 20 anos subseqüentes a sua conclusão. Por favor, não se diga que é preciso ser Mãe Dinah para saber. Basta consultar um técnico competente que o cálculo é feito sem maiores dificuldades. Aposto que a OAS tem todos esses dados, pois do contrário não faria o negócio.

Contudo, além de não se ter uma projeção da arrecadação, também não se tem o cálculo de quanto o Grêmio gastará com as indenizações trabalhistas dos funcionários encarregados da manutenção e segurança do Olímpico que serão dispensados, eis que todo esse pessoal para a Arena será contratado pela OAS. Vale lembrar que muitos são funcionários antigos do Clube. Evidentemente que há uma vantagem me reduzir estes custos de pessoal, mas simultaneamente há um incremento de despesas com as rescisões trabalhistas.

Qual será este custo? Duvido que tenham calculado e lanço o desafio para a apresentação desses cálculos.

Parece oportuno esclarecer ao senhor Glenio que apesar dos eventuais cálculos estarem baseados em situação futura, é perfeitamente possível projetar e calcular todos os valores envolvidos. Basta contratar um profissional competente para realizar esta tarefa.

Evidentemente que o Grêmio precisa pagar suas dívidas e desonerar o Olímpico, independentemente do negócio da Arena. Mas será que precisa fazer na forma e na velocidade impostas pelo contrato com a OAS? Uma coisa é negociar com credores sem perspectiva de recebimento imediato, outra muito diferente é negociar com a obrigação do devedor quitar a dívida e desonerar rapidamente o imóvel.

Para evitar dúvidas é interessante recorrer a um exemplo prático. Uma das penhoras que incide sobre a Azenha foi originada pela dívida com o jogador Zinho. Certamente o credor e seu procurador já sabem que o Grêmio precisará desonerar o imóvel penhorado e assim não farão qualquer concessão. E mais, será que o Zinho aceitaria (é exigida a concordância do credor) substituir a penhora sobre o Olímpico, na qual tem agora a garantia de receber imediatamente, por uma penhora sobre outro imóvel? Obviamente que não.

Vale lembrar que o nome decantado do Grêmio não foi levado ao limbo dos caloteiros por qualquer iniciativa minha. Muito pelo contrário, sempre me posicionei com muito vigor no Conselho contra contas que entendi mal prestadas, contra contratos e negócios nebulosos, etc. (por exemplo contrato da ISL, “casos dos cheques”...). Quem jogou o nome decantado do Grêmio no limbo dos caloteiros não fui eu, mas são pessoas que podem ser nitidamente identificadas e responsabilizadas. Basta vontade política.

É muito interessante observar quando o senhor Glenio afirma: “O conselheiro, uma mãe Diná por certo, já afirma que jovens promessas serão vendidas, verbas serão comprometidas, dirigentes serão presos, etc”. (sic) Não precisa ser mãe Diná para saber os fatos indicados, eis que incontroversos. O primeiro fato incontroverso é que jovens promessas são e continuarão sendo vendidas, pois esta é a realidade do Clube, servindo como exemplos os recentes casos de Tiago Dutra, o goleiro da seleção brasileira sub20 (não recordo o nome), Anderson, Lucas... O segundo fato incontroverso reside no comprometimento das verbas de televisão que é contratual e, portanto, não depende de poderes extra-sensoriais de uma mãe Diná para conhecer, basta saber ler. O terceiro fato incontroverso é a possibilidade de prisão de dirigentes, o que também é uma conseqüência contratual, eis que os mesmos são depositários das verbas. Em todos os casos o que se observa é que não precisa ser mãe Diná, basta saber ler.

Senhor Glenio, não freqüento as reuniões do Conselho pelo singelo motivo que não sou conselheiro, aliás recomendo-lhe que conheça os integrantes de tão

importante órgão acessando o “site” do Clube. Penso que é inadmissível que sócios atuantes não conheçam sequer os conselheiros que os representam, pois assim fica evidenciada uma situação anômala de representação.

Sinceramente não entendi a afirmação oblíqua quanto a “um escritório de contador localizado em uma galeria da cidade”. Não sou contador e não tenho escritório em alguma galeria da cidade e acho que melhor seria se o referido contador fosse identificado.

Não menos notável é que o senhor Glenio queira inverter os papéis, impondo ao meu nominado “achômetro” a solução para os graves problemas financeiros que tem o Grêmio. Indo por partes, cabe indagar se o Grêmio não tem graves problemas financeiros? Evidente que tem e não foi por outro motivo que a mídia recentemente informou sobre o não pagamento do condomínio de credores. Contudo esta situação da existência de problemas financeiros exigiria ainda maior cuidado na condução do negócio Arena, pois um clube fragilizado economicamente é menos suscetível de suportar eventuais enganos.

Se os defensores da Arena entendem que a construção do novo estádio poderá melhorar as finanças do Grêmio, cabe a eles apontar a forma, a origem dos rendimentos, etc. É preciso dizer objetivamente em que a construção da Arena melhorará os rendimentos do Clube. E esta resposta não cabe aos que se opõe a construção do novo estádio, cabe exatamente aos que a defendem.

Caro senhor Glenio, não fiz qualquer cálculo do rendimento da Arena pelo singelo motivo que é impossível fazê-los sem saber quanto vale a Azenha e quanto custará para o Grêmio o aluguel, prestação do financiamento, ou seja lá o nome que se quiser dar para o valor que será pago pelo Clube à construtora.

Pessoalmente prefiro a reforma do Olímpico, buscando recurso na exploração das áreas contíguas ao estádio.

Senhor Glenio, mais uma vez pedindo licença para discordar, informo que a impossibilidade de recuperação do Olímpico é apenas uma das posições existentes. Recente trabalho apresentado pelo saudoso arquiteto PLÍNIO ALMEIDA, demonstrou exatamente o contrário. Portanto, a questão da inviabilidade da reforma é uma opinião, contestada por um profissional que mereceu todo o nosso respeito.

Perdoe-me dizer que o senhor não entendeu a questão da ISL. O que eu referi naquele caso é que o assunto obteve muito maior unanimidade entre dirigentes, conselheiros e torcedores e nem por este motivo deixou de ser um grande equívoco, que somente não teve conseqüências muito sérias para o Grêmio porque aquela empresa faliu. O senhor sabe que o Grêmio não repassou as verbas que aquela empresa contratualmente tinha direito? O senhor sabe que se ela não tivesse quebrado ela cobraria todo aquele valor do Clube e, provavelmente, hoje não teríamos mais estádio? Quem o senhor acha que lançou o nome do Grêmio no rol dos caloteiros (a expressão é sua)?

Obviamente que ISL e Arena são contratos distintos, mas o que me referi é que a aprovação pelo Conselho não pode servir de argumento para que não se revise todo esse negócio e, se for ruim, que se busque sua anulação.

No que diz respeito a suas afirmativas sobre a questão do “Fundo Social” acredito que o senhor está fazendo uma grosseira confusão. Proprietários de “Títulos Patrimoniais” não se confundem com proprietários de quotas de “Fundo Social”.

Aliás, recomendo-lhe que busque informações sobre esta questão, pois a matéria é muito importante e terá papel decisivo no deslinde desse negócio.

Apenas como uma questão introdutória indago se o senhor sabe que os titulares de quotas de fundo social são proprietários de 1/1000 de todos os bens móveis e imóveis do Grêmio? Não sou eu que afirmo isso, basta ler os estatutos do Clube e o título de “Fundo Social”.

Se o senhor busca informações sobre a opinião de nossos Magistrados (acredito que se trata de uma referência aos juízes que integram o Conselho Deliberativo) posso afirmar-lhe que muitos deles ficaram impressionados quando tomaram conhecimento do assunto.

Quantos aos pareceres, em especial da Comissão de Patrimônio, acho que está havendo algum equívoco, pois aquela Comissão condicionou a aprovação a algumas alterações no negócio que não foram efetivadas. Ora, se as condicionantes não foram incluídas, é óbvio que o parecer é contrário.

Finalmente, quanto a sua afirmação de que “Há interesses muito acima do clube envolvidos nesta questão”. Também concordo, mas lhe asseguro que não são meus. Aliás, desafio qualquer pessoa a encontrar um único interesse meu na construção da Arena ou no Olímpico, não sou proprietário de imóveis na Azenha ou Humaitá, jamais recebi um centavo sequer do Grêmio para qualquer coisa, inclusive para custear inúmeras viagens que fiz para defender os interesses do Clube. Nunca fui e jamais quis ser remunerado pelo Grêmio.

Minha intenção com a manifestação sobre os riscos que vejo no negócio da Arena foi alertar, discutir e evitar prejuízos ao Grêmio. Não acusei ninguém, apenas apontei falhas objetivas que enxergo no negócio (ou será que a inexistência de uma avaliação técnica da Azenha não é uma falha objetiva , por exemplo), que me parecem indicar uma situação de risco desnecessária e que nenhum de nós correria na administração de nossos negócios particulares.

Atenciosamente,

MARCO ANTONIO COSTA SOUZA (sócio patrimonial proprietário do título nº 0000000001 do Grêmio (conforme a numeração original), proprietário da cadeira perpétua/permanente G80, locatário da cadeira M43, locatário do estacionamento L13, proprietário da quota de “Fundo Social” nº 250)”.

segunda-feira, julho 13, 2009

As imagens são de www.gremiosempre.com.br
Entre várias matérias sobre o tema selecionamos as seguintes:

http://www.gremiosempre.com.br/?id=120


http://www.gremiosempre.com.br/?id=180

Estampam pequena parte do trabalho realizado.