sexta-feira, março 30, 2007

Coluna Hiltor Mombach de ontem

De Primeira/Hiltor Mombach
REFIS
O Grêmio soube em novembro de 2006 ter sido excluído do Refis, o Programa de Recuperação Fiscal. O assunto é tratado pela direção como de segredo de estado. De um funcionário: 'Não há relação com negligência de nenhuma gestão'.
O clube começou a pagar o Refis em 2001, com a obrigação de manter os tributos fiscais em dia. Recolheu os R$ 6 mil mensais da taxa de 0,3% do lucro presumido, mas, devido a uma forte crise financeira, não manteve em dia o recolhimento dos tributos até 2004. Nessa época, não recebeu notificação de exclusão.
Tenta judicialmente voltar a ser incluído. Se for mantida, a exclusão 'implicará a exigibilidade imediata da totalidade do crédito confessado e ainda não pago (...) dos acréscimos legais na forma da legislação aplicável à época da ocorrência dos respectivos fatos geradores'. Em 2003, a dívida já era de R$ 20 milhões.
ABACAXI Conselheiros otimistas apostam: o clube voltará a ser incluído. Os pessimistas consideram que, além de ser excluído do Refis, o clube conseqüentemente ficará de fora do Timemania. Os advogados Gustavo Pinheiro e Cláudio Pimentel tentam descascar o abacaxi.
COFRES Os otimistas dizem que o Grêmio deve R$ 20 milhões ao Refis; os pessimistas, R$ 80 milhões. É possível que a dívida gire em torno dos R$ 50 milhões. Os cofres estão raspados. O clube antecipou quatro cotas de TV para pagar salário.
POLÍTICA A exclusão do Refis é institucional, mas provoca um intenso debate político, pois os fatos geradores aconteceram na gestão Guerreiro, quando estourou uma das piores crises financeiras do clube depois da falência da ISL.

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