sábado, julho 18, 2009

As perguntas sobre a avaliação do terreno do Estádio Olímpico

Recebemos o seguinte texto de alguém que se identificou como conselheiro do Grêmio. Pediu, entretanto, reserva quanto à identidade, sob a alegação de que não deseja se envolver em controvérsias pessoais. Que o que importa é o debate de idéias e essas ele pede sejam divulgadas. Segundo o conselheiro ele se identificar ou não não altera em nada a importância ou desimportância do que está dizendo. Só não quer servir de "sparring" pessoal. Por isso, também, nem está se dirigindo pessoalmente a ninguém. Apenas "conceitualmente":

"A avaliação antes dos índices existe. Todo mundo conhece. Foi superdivulgada.

A avaliação após os índices nunca foi feita ou, pelo menos, nunca foi divulgada nem privadamente nem publicamente.Falo nas instâncias do Grêmio.

Tenho dúvidas sobre se essa avaliação é importante. SEM HISTERIAS. Tenho dúvidas. Não quer dizer que não deva ser feita. Acho que deve. SEM HISTERIAS nem pró nem contra.

As minhas dúvidas decorrem da pergunta sobre se o que tem de ser avaliado é o negócio global - com todas as fases - como a única coisa importante. Num negócio grande e complexo no qual se entrega uma área de terras com um estádio velho e recebe uma outra área de terras com um estádio novo, o que, realmente, importa avaliar? Claro que tem de ser levado em consideração o compartilhamento de resultados por um certo período (aproximadamente 13 anos. Enfim, nada relevante pode ser deixado à margem da avaliação.

Ou seja. Comparar o valor patrimonial do estádio antigo e do estádio novo. Mas, principalmente, comparar ambos como fonte geradora de caixa e de LUCROS. Direta e indiretamente. Rejeito liminarmente qualquer argumento que depende de "se" for feito isso, "se" for feito aquilo. Como se dizia? "O se morreu de velho". "Se" não existe. Nem pra situação presente/passada nem para o cenário futuro.

Se é estranho (?) não ter sido feita a avaliação após os índices, mais estranho (?) ainda é a insistência nesta pergunta somente agora como se fosse a única coisa importante. Por que somente agora? Por que a pergunta assim isolada sem a apresentação de uma análise concreta de TODO O NEGÓCIO?

Eu fiz a pergunta, na época. Não recebi a resposta específica, mas no exame do negócio global, essa questão me pareceu secundária.Era preciso tomar uma decisão rápida, com prazo, com inúmeras análises entre as quais não estava essa avaliação.

A Comissão de Patrimônio também fez a reivindicação na época. No entanto, jamais voltou a tocar no tema. Se continuar com o mesmo entendimento, acho que deve movimentar seu poder e influência. Sem tutela de terceiros. A Comissão é integrada por conselheiros com suficiente luz própria.

Na verdade, a pergunta não é uma pergunta. É uma acusação. Ela é feita em tom acusatório sempre com uma fundamentação lançando suspeitas sobre quem concebeu e realizou o negócio.E também sobre quem aprovou o negócio.

Considerado o antiquíssimo e consagradíssimo princípio de que o ônus da prova é de quem acusa, entendo que o próximo passo compete a quem está fazendo as questões acusatórias. Prove o valor do Estádio Olímpico. Prove o valor do patrimônio que o Grêmio vai receber em troca e, consideranto todos os direitos e obrigações, prove que o Grêmio fez um negócio desastroso ou, até, simplesmente um mau negócio (o grau da ruinosidade ficará por conta das provas a serem apresentadas).

Prestará um enorme serviço ao Grêmio.

Ou cale-se por razões óbvias. Não digo para sempre. Mas, com certeza, até ter as provas das perguntas/afirmativas acusatórias.Gravemente acusatórias."





9 comentários:

João disse...

Os índices somente foram concedidos para viabilizar o negócio.
Se não houvesse esse negócio de construção, os índices não teriam sido concedidos.

Paulo O disse...

Num negócio desse valor é uma irresponsabilidade ficar perguntando e perguntadndo sem apresentar dados concretos.
Se apresentar dados concretos até eu reviso minha posição

Paulo O disse...

Quem teve interesse em e acompanhou a votação dos índices na Câmara Municipal tomou conhecimento de que os vereadores queriam diminuir os índices, a altura e a volumetria. Negociaram e a oas ficou intransigente sob o fundamento de que a diminuição inviabilizaria todo o negócio.
Por isso vos digo: querer simplesmente fazer uma avaliação da área do Olímpico pós índices - assim isoladamente - é uma cilada.
Tem de levar em conta como se chegou a isso com que finalidade e como se viabilizou.

Pedro disse...

Andaram publicando esse texto lá em outro blog que é contra a Arena.
Engraçado que entenderam que o comentário é contra a Arena.
Não foi o que entendi. Acho que é uma cobrança contra os caras que estão mandando contra sem apresentar provas. Só fazendo barulho.
Será que sou tão burro assim? Será que entendi tudo trocado?

Cesar disse...

Há pessoas pras quais falta sutileza. Certo apuro intelectual. São grossas barbaridade e adoram aparecer. Nem que seja com melancia na cabeça.
Não conseguem entender as coisas. Nem as mensagens contidas em cada gesto e cada vírgula.
Só querem sopapo como se resolvesse.

Entretanto, ainda temos esperança de que a situação possa melhorar.

Em OFF disse...

O "off" é consagrado mundialmente. Legal e lícito e ético.
Socialmente útil.
Inaceitável é ofender em "off". Ofensa que pode e deve ser bloqueada por quem serve de veículo para o "off" da fonte.
Ofender é canalhice em qualquer hipótese.
É maucaratismo em qualquer circunstância.
É criminoso.

Em "off" disse...

O sujeito diz um monte de besteiras. Prejudica o Clube. Mas está identificado. È um herói. Que maravilha!

Prefiro quem ajuda o Clube sem buscar a luz dos holofotes.

O que importa não é quem diz. Sim o que diz. Se o que é dito soma ou diminui.

Prefiro um anônimo, um "em off" que apresenta uma idéia positiva para o Clube a um identificado cão raivoso, espumando ódio, a criar problemas para o Clube.

Diego disse...

Deixa eu garantir presença com um breve momento de inspiração. Adoro o tema. Por isso publiquei no outro blog o seguinte texto que peço publiquem tb aqui (posso precisar em outro momento)
"Prezado e simpático gladiador Bernardon
"Procurei pelo nome dos moderadores deste maravilhoso blog e o que encontrei? Pessoas ocultas sob o genérico "moderadores". "Portanto anônimos.
"Não obstante, anonimamente (!!!) prestam um serviço muito útil à comunidade gremista (menos é claro quando ficam insistindo teimosamente em questões menores e distorcidas sobre a Arena).
"Em setores importantes da consideração ética prestar uma colaboração ANÔNIMA é valorado como VIRTUDE."

José disse...

Estou comentando simplesmente porque esse tipo de comportamento é um dos meus interesses científicos. O que leva pessoas a ver e interpretar de forma tão diferente. Às vezes até oposta. O mesmo texto.
Acho até que não lêem. Despejam idéias preconcebidas, preformatadas, como se fosse o texto comentado. Não me excluo achando que sou melhor que os outros. Isso pode acontecer com qualquer um.
Neste caso, li. Reli. Treli. Quadrili e não encontrei críticas. Talvez eu tenha dificuldade de interpretar o que é escrito pelos outros. Talvez tenha de voltar a cursinho prevestibular para me aperfeiçoar em interpretação de texto. Fiquei preocupado.

Li, vi, interpretei somente sugestões sobre como fazer a correta avaliação do negócio (é um tema que nunca vai morrer, ao contrário da aprovação do negócio que é questão definitiva e consumada, contrato assinado). Sugestão sobre o que poderia ser útil ao Grêmio. Sem críticas a ninguém.

Me chamou a atenção outro detalhe: o blog (quem?) publicou achando que fosse post contra a Arena.
Só Marcos Almeida percebeu que não:
“Marcos Almeida Disse:
20/07/2009 às 15:55

esse post não é do contra”. E eu também percebi que “não é do contra”.

Não sei se entendi direito. Mas pelo que entendi o comentário, nem crítico nem ofensivo, é dos mais sensatos até agora lidos por mim. Gostei de duas partes principais: o negócio tem de ser avaliado no todo e não só em parte e o ônus da prova é de quem acusa.

Não pensem que também não tenho curiosidade em saber quem é (são) o(s) proprietário(s) deste blog e quem são os “moderadores”. Muita curiosidade com esse mistério guardado a “multichaves”. Cada vez que postam ou escrevem fico louco pra saber quem são. Serão “conselheiros” ? Enfim, a curiosidade é tanta que não quero seja confundida com “curiosidade feminina”.
\o/
:P
:)
=*