quinta-feira, novembro 23, 2006

Gastança não é sinônimo de sucesso em futebol

A edição desta quinta-feira (23) do jornal Zero Hora noticia que o Grêmio planeja aumentar as despesas com o futebol em 2007. Conforme a reportagem, a folha salarial mensal deve passar dos atuais R$ 870 mil para cerca de R$ 1,2 milhão. É compreensível que o clube invista mais em futebol em ano que disputará a mais importante competição continental. Além disso, os números informados, ao meu ver, são razoáveis. Investir mais se justifica, afinal a competição oferece elevada possibilidade de retorno financeiro em caso de êxito, seja com premiações, bilheteria, direitos de televisionamento ou exploração comercial da marca. Agora é importante ter em mente que elevados gastos não necessariamente levam ao sucesso no futebol. Critério e uma política "pés no chão" sim. Em 1995, Paulo Nunes e Jardel eram jogadores que custaram barato e foram decisivos para a conquista do título da Libertadores daquele ano. Quando o Olímpico foi tomado por pensamentos delirantes os resultados foram desastros e o preço, meia década depois, ainda está sendo pago. O mesmo pode ser dito do Flamengo. Quem não se recorda do "time dos sonhos" com Edmundo, Romário e Sávio ? Não ganhou nada. Como prova que políticas perdulárias podem ter graves consequências, no mesmo dia que se noticia a projeção de gastos gremistas em 2007 a imprensa dá conta que o Palmeiras, endividado, enfrenta atrasos de salários e a necessidade de negociar alguns de seus jogadores.

2 comentários:

Anônimo disse...

Pelo que já ouvi de gente por dentro, o Grêmio ainda pagará o preço dos mencionados delírios por mais ou menos uns dez anos.

Anônimo disse...

Ainda me lembro da música do centenário do fla:

"Poir ataque do mundo/
pior ataque do mundo/
joga um pouquinho, desconsa um pouquinho/
com Sávio Romário e Edmundo"

Abraços