domingo, abril 13, 2008

Crônica de uma Morte Anunciada

O blog gremioacimadetudo, desta vez, se superou. Tanto que a "Crônica de uma Morte Anunciada" está sendo publicada por toda parte. Aqui, foi publicada por comentaristas. Mas recebemos tantas pressões que, e com todo o prazer embora com algum atraso, disponibilizamos a crônica para nossos leitores, ficando, além disso, nos arquivos para memória e releitura:
Crônica de uma Morte Anunciada
Crônica de uma Morte Anunciada
Existe uma doença chamada iatrogrenia, uma doença causada pelo procedimento médico. Ou seja, procurando ministrar tratamento, o médico agrava o problema do paciente ou cria um novo.
Foi o que aconteceu no Grêmio neste ínicio de ano. Acabaram com um plantel que, pelo menos, tinha chegado às finais da Copa Libertadores e bem colocado no Campeonato Brasileiro.
Depois, criaram um novo problema, passaram a contratar a rodo e sem critérios, o que, aliás, vem sendo feito desde que esta direção assumiu e terminou no triste e melancólico espetáculo proporcionado na última semana. Pensaram que o que havia sido feito em 2005, daria certo sempre.
Não esqueçamos que tudo não passou de uma fatalidade, que só o Imortal Manto Sagrado é que tem o privilégio daquelas coisas acontecerem, porém, “eles” se acharam os maiorais, que eram superiores a tudo e a todos, que entendiam de futebol como nunca antes ninguém havia entendido e, não se sabe bem por que eles têm uma simpatia acima dos padrões normais da maioria da mídia.
Escutar Paulo Odone ontem, dando a entrevista para justificar tamanho fracasso, nos fez relembrar as entrevista de Flávio Obino, a quem tanto a mídia e torcida criticaram. Vale a pena mencionar aqui a sabedoria popular: “Nada como um dia após o outro” ou “Aqui se faz, aqui se paga”.
Ele Odone relembrou sua primeira passagem pelo Grêmio, afirmando, inclusive, que foi muito prejudicado, mas muito mesmo financeiramente, pela sua dedicação ao Grêmio.
Perguntamos: por que então quis concorrer novamente? Por que tirou de Adalberto Preis a oportunidade de fazer uma gestão competente?
Ah, é fácil responder: estava no ostracismo, não tinha mais a mamata do salário de deputado, necessitava aparecer na mídia para uma nova releição e era, segundo ele, o “presidente emoção”, enquanto Preis seria o “homem dos quadradinhos” do Planejamento Estratégico.
Na melancólica entrevista, cita a gestão profissional, a Arena o Centro de Treinamento, todos quadradinhos antes tripudiados. E mais, cita uma conferência que teria feito no Recife, para falar justamente desta gestão profissional e, é claro para não perder a oportunidade de aparecer. Para esta viagem arranjou tempo, em outras oportunidades não o teve,para acompanhar os jogos do tricolor, como aconteceu este mesmo ano em diversas oportunidades.
Falou ainda que não queria permanecer mais um mandato, mas que houve pressões para a sua continuidade, o que não é verdade. Todos sabemos que ele queria indicar Britto e ir para a Grêmio Emprendimentos, não queria ser um presidente preocupado com o lateral esquerdo, mas sim, aquele que iria construir um estádio maravilhoso para disputar jogos da copa do mundo.
Pelaipe, mais uma vez, para justificar a centenas de contratações e os milhares de reais que se foram água abaixo pelo esgoto, cita o velho e surrado argumento, que em 2005 receberam um vestiário com 07 jogadores e alguns juniores (Anderson, Lucas Galatto e Carlos Eduardo) estes sim foram os que realmente salvaram o Grêmio, tanto no futebol como financeiramente.
Ontem ficamos sabendo que o presidente “começa a pensar”. E, sabemos também a hora em que o presidente “avalia” que tal coisa já não é mais possível, como aconteceu no caso recente da demissão de um treinador invicto.
E o que dizer disto? “ Túlio Macedo, fez discurso em que chamou o Inter de "fábrica de títulos". Saiu em ZH-05/04/08.Deus e a nossa imortalidade, nos salve desta .
Postado por Grêmio, Grêmio - Acima de tudo! às 06:27
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2 comentários:

San Tell d'Euskadi disse...

Este é o mesmo título de um artigo publicado no BloGreNal. Ei-lo:

CRÔNICA DE UMA MORTE ANUNCIADA

A temporada 2008 começara interessante. Aquela geração “Aflitos” havia, enfim, encerrado sua era. Uma era de excelentes resultados: um título da Série B; um bi-campeonato gaúcho; um 3º e um 6º lugar na Série A; e um vice-campeonato da Libertadores. No seu lugar, havia um time com um futuro pela frente, de atletas, treinador e mentalidade novos. Na casamata, após quase três anos, não estaria Mano Menezes, mas, como esse, outro treinador jovem, cheio de vontade de vencer. Chegava à Azenha, Vagner Mancini.

O ano iniciava com um time em construção. Era natural que a equipe começasse alternando bons e maus momentos, e que os resultados iniciais não correspondessem à grandeza do clube. Se as atuações foram, de fato, inconstantes, o mesmo não se poderia dizer dos resultados. Mancini, nas seis primeiras partidas, ganhou 4 jogos e empatou 2; era líder do Grupo no Estadual e encaminhara classificação na Copa do Brasil. Demonstrava sua vocação para armar equipes ofensivas, que tinham gosto em ter a posse de bola. Era um novo GRÊMIO que aparecia e, aos poucos, começava a tomar corpo.

Contudo, inesperadamente, Mancini foi demitido. E saiu, porque a própria direção não acreditou na reconstrução. Queria vencer já, agora. Não podia esperar. Trouxe, então, Celso Roth. Um treinador famoso por tirar equipes de crise, armar times competitivos rapidamente e, com igual rapidez, esgotar as energias de seus jogadores. Entretanto, não era essa a necessidade do clube! Afinal, não havia crise e os resultados eram bons. A desculpa para a troca era evitar uma crise que viria.

Como se vê, houve a troca, e a crise, mesmo assim, veio! Nenhuma surpresa, pois foi a própria direção do GRÊMIO que se colocou na obrigação de vencer. Com Mancini, uma eliminação precoce será equivalente a que o Mano sofreu na Copa do Brasil em 2006. Seria ruim, chata, mas que não colocaria a equipe em crise. Faria parte do próprio – e difícil – processo de reconstrução. Agora, essa derrota para o Juventude virou um retumbante fracasso, cuja alta conta o Grêmio se vê obrigado a pagar. A direção do GRÊMIO recebe a crise que pediu. Só não me venham dizer que foi por falta de aviso...

Por isto, hoje esta coluna se veste de preto. Preto pelo luto, pela vergonha e pela total incompetência gerencial da direção do GRÊMIO e de seu treinador. Afinal, tudo estava bem encaminhado até esta quarta. Apesar do futebol que não convencia, e isto era fonte de preocupação minha aqui neste espaço. Afinal, temia-se que, quando enfrentássemos um time mais qualificado do que 15 de Campo Bom, Novo Hamburgo, ULBRA, Jaciara e outros contra quem nós jogamos anteriormente, viéssemos a encontrar dificuldades e que isto poderia custar uma eliminação prematura na Copa do Brasil. Pois bastou um Atlético-GO, que é um time um pouco mais organizado, para perdermos uma invencibilidade de 19 jogos. Assim como bastou um Juventude de técnico novo, melhor organizado e mais motivado do que a equipe que enfrentamos no sábado passado para que o sonho do tri-campeonato fosse prematuramente exterminado, virando um pesadelo de atuação que vimos neste domingo no Olímpico.

A desorganização fica clara por uma simples análise do time que Celso Roth mandou a campo neste domingo. Com Paulo Sérgio deslocado pra lateral-esquerda e Felipe Mattioni pela direita. Tudo bem que perdemos o Anderson Pico por tempo indeterminado por conta de lesão. Mas a questão dos laterais foi a que menos comprometeu. Apesar de que é de uma inconseqüência atrós pegar um jogador que vinha evoluindo em sua posição pela seqüência de jogos e simplesmente deslocá-lo para a esquerda, mesmo usando como justificativa as deficiências do peruano Hidalgo.

Agora, pra que insistir em um erro? Pra que insistir com Nunes, que já devia ter deixado a equipe faz tempo, fazendo a primeira função de meio-campo, deslocando Eduardo Costa para a segunda função? E com o agravante de Celso Roth ter declarado nesta quinta-feira que Eduardo Costa é segundo volante para ele, sendo que o próprio jogador diz que faz melhor a primeira função. Sendo que temos o Junior no elenco, e este nunca merece chance. Neste domingo, Junior foi visto nas cadeiras do GRÊMIO, quando deveria estar jogando. E não deve ter gostado nem um pouco do que viu.

E também pra que empilhar jogadores no meio-campo, adiantando Roger pro ataque, fazendo uma confusão no meio-campo com Maylson e Dos Santos? Parece simples ter colocado o Tadeu no time ao lado do Perea. Mas não. E o mestre da teimosia travestido de treinador colocou ele no segundo tempo, quando a água já batia pelo pescoço. Mas Tadeu foi expulso depois de agredir o adversário na comemoração provocativa do 3º gol. Depois, Jonas e Eduardo Costa também foram expulsos, numa tarde onde as cabeças estavam fora do lugar. Um time com a cara do Pelaipe!

Por sinal, será que o Pelaipe terá cabelo no peito pra demitir o Roth depois do ocorrido no domingo? Sempre é válido lembrar que Vagner Mancini, por muito menos, foi defenestrado do Olímpico.

Agora, corremos o risco de vermos todo o 1º semestre ser atirado no lixo. E de ficarmos um mês sem ter com quem jogar. E a pergunta que fica é: será necessário um novo fiasco, um novo vexame, uma nova desclassificação prematura pra que providências sejam tomadas no Olímpico? Saberemos disto na quarta-feira contra o Atlético-GO, quando precisamos reverter uma desvantagem de 2x1 contra.


Um abraço.

Anônimo disse...

o odone tem razão :agora com a arena vai ser bem fácil corrigir este prejuízo financeiro que a dedicação ao gremio causou...