quinta-feira, fevereiro 18, 2010

Grêmio "perde" de 4 x 2

Quem ouvisse o comentarista da Rádio Gaúcha, os entrevistadores da torcida e da entrevista coletiva do treinador Silas, sem saber o resultado do jogo, ficaria com a certeza de que o Grêmio tinha perdido o jogo.

Pra WC, ninguém do Grêmio presta. Silas não entende nada de futebol. Visível tentativa de desestabilização, criação de desconfiança e insegurança.

Na coletiva, todas as perguntas foram questionadoras tentando criar insegurança no treinador, talvez até provocar alguma resposta mais ríspida para geração de incidente.

O que eram as entrevistas com torcedores? Ao invés de perguntas, insinuações instigando os torcedores a criticar o treinador e os jogadores.

Por incrível que pareça, contra toda essa torcida dos isentos, o Grêmio ganhou o jogo por 4 x 2.

2 comentários:

Anônimo disse...

Prezado blogueiro

Respeitosamente, discordo da sua opinião.

O Grêmio, na temporada de 2009, apesar de ter tido três diferentes treinadores (Roth, Rospide, Autuori e novamente Rospide) jamais perdeu sua consistência defensiva. Sob estruturas diferentes, o Grêmio sempre jogou com um mínimo de organização em casa, o que explica a longa invencibilidade no Olímpico.

Não é o que se vê em 2010.

Desde o primeiro jogo não se observa um mínimo de organização na equipe do Grêmio. Os resultados têm vindo, sobretudo, com base nas atuações individuais.

Se saímos perdendo para Araguaia, Veranópolis, São José, Pelotas, Caxias, etc, o que será no Campeonato Brasileiro. Levamos gols em casa em todos os jogos, sendo que quem pretende ganhar a Copa do Brasil não pode ignorar que levar gol em casa nesta competição é muito ruim.

Uma boa estrutura de time começa por um bom sistema defensivo. Não temos isso hoje. Tínhamos até o fim de 2009. Dirão que o Rever foi embora, mas enquanto ele esteve aqui sob o comando de Silas a defesa vazava e muito.

As entrevistas do nosso treinador são de assustar. Há um mês venho dizendo a amigos que o treinador parece ver outro jogo. No primeiro jogo contra o Veranópolis, quando o adversário teve umas cinco ou seis situações de gol, o treinador somente viu duas. Hoje, no segundo jogo contra o mesmo time, Silas disse no intervalo que foram duas situações de gol resultantes de bolas paradas. Ora, os atacantes do VEC entravam na área tabelando. Quem enxerga mal o jogo, escala mal e mexe mal.

Nosso diretor de futebol disse que no começo de trabalho Scolari e Mano Menezes enfrentaram protestos da torcida, mas, por favor, ambos demonstravam entender de futebol e os resultados não ocorriam porque era um inicio de tranalho. Silas tem a seu favor o fato de estar iniciando um trabalho, contudo comete erros primários e insistências que dão a entender que não é um comandante que possa ser comparado aos dois citados.

Estamos com o melhor grupo de jogadores dos últimos anos, a direção acertou em cheio na contratação de alguns jogadores, notadamente Douglas e Borges, mas aparentemente não temos um bom comandante para organizar estas peças. Parece despreparado. Serviu ao Avaí, o Fusca, mas não parece preparado para o Grêmio, a Ferrari.

Espero estar muito errado, mas não vamos a lugar algum com esse treinador. Se os gritos de burro já ecoam no Olímpico com um mês de trabalho, com o passar do tempo eles vão ficar cada vez mais ruidosos até o ponto em que um resultado negativo importante tornará a situação insustentável para Silas. Se a mudança vier a se provar necessária no futuro, que este futuro esteja muito próximo. Quanto mais tardar, maior será o prejuízo.

O problema não está na cabine de transmissão da Gaúcha, mas debaixo das arquibancadas da Social.

Grêmio Imortal disse...

É uma boa e respeitável análise.
Mesmo que seja correta, não justifica, a nosso ver a campanha dos vermelhos (nossa próxima postagem escrita antes de lermos aqui)

Preferimos ver por outro lado.
Não se constrói uma equipe em clima de acusações, desconfianças e incertezas.

Percebemos, em mensagens, do Silas, que ele está entendendo o que é necessário fazer.

Organizar um retrancão é fácil. Não é o que ele pretende. Mas, aí, com time mais ofensivo, precisa de entrosamento.

De qualquer forma, somente quem acompanha o vestiário e os treinamentos de campo (e sabe avaliar) é que pode ter opinião abalizada.

Nós só temos condições de avaliar pelos efeitos. E é muito cedo ainda.

Não impede que reconheçamos e elogiemos a consistência da sua análise.