sábado, março 15, 2008

Potins da Operação Rodin


Fraude documentada
Era tanta a certeza de impunidade dos envolvidos na fraude do Detran que a Polícia Federal conseguiu reunir provas em abundância contra os indiciados. Além das confissões obtidas nos depoimentos, há gravações de telefonemas trocados entre os envolvidos sem preocupação com a possibilidade de estarem grampeados, negociações detalhadas em e-mails armazenados nos computadores, dinheiro vivo apreendido e até planilhas da divisão da propina. A idéia de que estavam "acima do bem e do mal", para usar a expressão que aparece em uma das escutas telefônicas, facilitou o trabalho da força-tarefa que envolveu a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, a Receita Federal e o Ministério Público de Contas. - Desarticulamos uma quadrilha - comemorou o superintendente da Polícia Federal, Ildo Gasparetto.No relatório apresentado parcialmente ontem, com restrições pelo cuidado em não citar pessoas que têm foro privilegiado, a substituição da Fatec pela Fundae, no início do atual governo, é definida como uma briga entre grupos. Curiosamente, quem mais perdeu com a substituição foi o tucano Lair Ferst, cujas empresas receberam no governo anterior cerca de R$ 18 milhões.Embora os delegados tenham evitado qualquer menção a pessoas que gozam de foto privilegiado, sabe-se que os nomes do deputado federal José Otávio Germano e do presidente do Tribunal de Contas do Estado, João Luiz Vargas, aparecem em depoimentos e gravações de telefonemas. Se serão ou não investigados, depende de o Ministério Público pedir e o Supremo Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça autorizarem. - A documentação é estarrecedora. Eles tinham planos de se assenhorar de diversas searas do Estado, usando os mesmos sistemistas da fraude no Detran. Examinando as notas fiscais e os relatórios sobre os serviços dos sistemistas, entre os quais as empresas de Lair Ferst, o delegado e os demais envolvidos na investigação constataram que os serviços prestados eram irrelevantes. Chamou a atenção dos investigadores o fato de as empresas prestadoras de serviços para a Fundae e a Fatec terem nesses contratos sua principal fonte de faturamento. Schneider foi elogiado pelo superintendente da Polícia Federal, Ildo Gasparetto, pela seriedade na condução do inquérito. -->
O peso da responsabilidade
Responsável pelo inquérito da Operação Rodin, o delegado Gustavo Schneider, 33 anos e apenas cinco de PF, ficou impressionado com o material apreendido na sede da Pensant:- A documentação é estarrecedora. Eles tinham planos de se assenhorar de diversas searas do Estado, usando os mesmos sistemistas da fraude no Detran.Examinando as notas fiscais e os relatórios sobre os serviços dos sistemistas, entre os quais as empresas de Lair Ferst, o delegado e os demais envolvidos na investigação constataram que os serviços prestados eram irrelevantes.Chamou a atenção dos investigadores o fato de as empresas prestadoras de serviços para a Fundae e a Fatec terem nesses contratos sua principal fonte de faturamento. Schneider foi elogiado pelo superintendente da Polícia Federal, Ildo Gasparetto, pela seriedade na condução do inquérito. Dele conclui-se que a Pensant era a cabeça da hidra, daí a opção da PF pelo nome Rodin para a Operação. Na apresentação do relatório, dois pôsteres com a escultura O Pensador, de Rodin, foram colocados atrás da mesa em que falaram as autoridades. -->

Na apresentação de trechos do relatório, bastante truncada pela impossibilidade de dar informações sobre os indícios encontrados contra pessoas que têm foro privilegiado, o superintendente da PF, Ildo Gasparetto, apresentou um diagrama de como funcionava o esquema.Dele conclui-se que a Pensant era a cabeça da hidra, daí a opção da PF pelo nome Rodin para a Operação. Na apresentação do relatório, dois pôsteres com a escultura O Pensador, de Rodin, foram colocados atrás da mesa em que falaram as autoridades. Principal surpresa entre os 39 indiciados, Fraga apareceu na história por conta de um suposto lobby para beneficiar o tucano Lair Ferst, excluído da partilha quando o Detran rescindiu o contrato com a Fatec e fechou acordo com a Fundae. À PF, Vaz Netto confirmou que Fraga o procurou para defender os interesses de Lair , que estaria "por vias oblíquas" fazendo ameaças. -->
Onde está o dinheiro?
Boa parte dos mais de R$ 40 milhões que teriam sido desviados do Detran se materializou em imóveis, viagens e outros gastos identificados pela PF.Uma parte ainda não apareceu, o que leva delegados da PF a suspeitarem de que tenha sido remetida para o Exterior ou usada em caixa 2 de campanhas eleitorais. O superintendente Ildo Gasparetto, no entanto, garante que não foi encontrada nenhuma prova de crime eleitoral. - A única forma de a governadora Yeda Crusius nos derrotar é com o uso da força da polícia. Sei que a comunidade vai ficar mais contra ela do que já está.-->
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Os saques na boca do caixa por pessoas ligadas à Pensant reforçam a convicção da PF de que o dinheiro era usado para pagar propina. -->
Rosane de Oliveira - ZH
Colaborou Adriano Barcelos
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Um comentário:

Anônimo disse...

Tá explicado como eles ganhavam todas as eleições no Grêmio:
1. Alteração de data
2. chantagem e sabotagem
3. cheques ISL
4. Dinheiro público do Detran
5. dação de empregos no Grêmio (caso secretário remunerado do CD)e fora do Grêmio inclusive na SSP e em empresas privadas (nem sempre tão privadas assim)
6. Negócios e mais negócios, dinheiro e mais dinheiro (nada pro Grêmio)
7. Do outro lado, como disse o JV parecia eleição de Centro Acadêmico contra profissionais (agora se vê de que tipo muito mais do que só profissionais)
8. etc. etc.