Obras da Arena são adiadas à espera de crédito
No corpo da matéria, há o reconhecimento de que ainda está pendente o Estudo de Viabilidade Urbanística e que os projetos dependem de aprovação na Prefeitura.Pergunta-se: as obras poderiam ter início sem as aprovações da Prefeitura de Porto Alegre?
Obviamente não. Como então, é a falta de financiamento que atrasa as obras?
A interpretação da matéria é totalmente contraditória, insubsistente. Não tem pé nem cabeça.
Na verdade, se não houver financiamento, a obra poderá até não ser realizada, mas não há atraso de obras por falta de financiamento.
A primeira impressão dessa confusão é que há mesmo falta de inteligência para compreender como as coisas acontecem no mundo real.
No entanto, quando a Construtora OAS publica nota esclarecendo o tema e a menção aos esclarecimentos é quase de rodapé, cria-se margem à dúvida. Qual o verdadeiro interesse a presidir as distorções da matéria assinada? E do enorme destaque dado contrariamente à quase ocultação do rebate?
Diz a matéria hoje publicada:
GRÊMIO
OAS promete obras para 2010
A OAS reiterou ontem, por meio de sua assessoria de imprensa, que as obras de construção da arena do Grêmio começam em meados de 2010. De acordo com a nota, o projeto se encontra em fase de aprovação nos órgãos públicos. A construtora também aguarda a abertura de linha de crédito especial por parte do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para dar início à construção.Conforme a nota, o projeto segue o cronograma. A informação de que a obra seria iniciada ainda este ano referia-se, conforme a empresa, apenas às atividades pré-operacionais.
O presidente da Grêmio Empreendimentos, Adalberto Preis, afirmou que outras alternativas de captação de recursos serão buscadas caso a OAS não obtenha financiamento até 5 de março de 2010. Ele descarta a reforma do Olímpico.
Menos mal que a ZH virtual tem sido mais fiel ao jornalismo e tem publicado todas as versões com o mesmo destaque.
Como da Zero Hora impressa nada se pode esperar pelo descritério na seleção e no destaque de matérias de interesse do público, pelo menos, da ZH virtual se esperaria a publicação da nota da OAS na íntegra.
Afinal, a nota da OAS, além de conter, pelo visto, esclarecimentos sobre o tema, certamente compreende também compromisso público.
Incompreensível que um jornal importante dê destaque à especulação, à suposição e aos equívocos primários de interpretação em detrimento ao esclarecimento oficial, consistente com compromisso perante a opinião pública.
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