GRÊMIO
Guris da base brigam por 10 vagas no grupo
Quem passar na peneira de outubro terá o nome incluído entre aqueles que farão a pré-temporada
Eles têm o que Paulo Autuori chama de “sangue do clube”. Cada vez mais integrados à rotina do grupo profissional, garotos como Spessatto, Gerson, Fernando e Pessalli são alguns dos candidatos a preencher as 10 vagas que o técnico reserva em 2010 para jogadores formados na base do Grêmio. A lista ficará pronta em outubro. Quem passar na peneira estará na pré-temporada, em janeiro.Aavaliação é feita em treinamentos e em jogos da Copa Arthur Dallegrave, em que o Grêmio escala juniores. Para que não estranhem a troca de turma, os garotos passam pelo menos uma semana trabalhando entre os profissionais. Até a maneira como se portam no vestiário é analisada. Alguns, mais sortudos, já foram escalados para viagens em jogos do Brasileirão. Casos do volante Fernando, convocado para a partida contra o Sport, em Recife, no primeiro turno, e Pessalli, chamado para o jogo contra o Santos, na Vila Belmiro. Desde maio, 28 jogadores já foram relacionados por Autuori, que mantém contato diário com os treinadores da base.
A disputa é dura. Também participam dela Saimon, misto de lateral e zagueiro, Neuton, Mithyuê e Vinícius, trazido do Caxias precedido de muito cartaz. Saimon leva vantagem, por já ter participado do Gauchão. A cota de guris será completada com outros que já subiram antes, como Mário Fernandes, Bruno Collaço, Maylson e Douglas Costa.
– Autuori quer traçar um perfil completo de cada atleta. É um trabalho diferenciado, que nunca vi aqui no clube – elogia Andrey Lopes, técnico dos juniores.
Esta semana, o recrutado foi o volante Matheus Magro, 18 anos, cujo biotipo condiz com o sobrenome. Seu estilo lembra o de Willian Magrão. A passagem pelo Novo Hamburgo no Gauchão deste ano forjou uma personalidade forte, que fez dele capitão do time júnior.
A aposta nos garotos também atende a imposições econômicas. No próximo ano, o Grêmio quer reduzir os custos de sua folha, que beira os R$ 3 milhões. A dispensa de Jadilson, Joilson e Makekele, no início da semana, aliviou os gastos em R$ 180 mil. A longo prazo, a ideia é vender pelo menos um deles para o Exterior. O que permitirá saldar dívidas e dar continuidade ao projeto de formação de novos garotos.
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