Portugueses entregam hoje proposta para a Arena
De 11 a 20 de fevereiro, o Conselho Deliberativo será convocado para escolher o local
Leandro Behs:leandro.behs@zerohora.com.br
O Grêmio recebe hoje a proposta definitiva do consórcio português TBZ-OAS — que sugere demolir o Olímpico e construir a Arena na Azenha. A oferta final da Construtora Norberto Odebrecht — com a obra no bairro Humaitá — foi entregue semana passada. A previsão do clube é que a Arena esteja concluída em janeiro de 2012.
Após análises das propostas, o grupo de estudos do projeto (composto pelo presidente do Grêmio, Paulo Odone, pelo diretor de planejamento do clube, Eduardo Antonini, além dos conselheiros Antônio Britto, Jorge Gerdau Johannpeter e Alexandre Grendene) exigiu dos consórcios melhores condições para o clube — como maior percentual de participação nos primeiros 20 anos de exploração da Arena. Entre os dias 11 e 20 de fevereiro, o Conselho Deliberativo será convocado para escolher o local de construção da Arena. A oferta da Odebrecht é a favorita.
Após a escolha do local, o contrato deverá ser assinado até maio. Depois, serão necessários pelo menos nove meses até que o município e o governo do Estado emitam autorizações definitivas para a construção. Neste intervalo, será criada a Grêmio Empreendimentos — empresa do próprio clube, que gerenciará a Arena e da qual Paulo Odone dificilmente será presidente.
A proposta da Odebrecht prevê divisão de lucros em 50% pelos primeiros 20 anos: bilheteria, aluguel de espaços, shows, estacionamento, entre outras formas de arrecadação. Depois deste prazo, a Grêmio Empreendimentos ficará com 100%.
A obra terá um custo total de R$ 300 milhões, sendo R$ 190 milhões financiados pela Odebrecht. Dos R$ 110 milhões restantes, metade sairá da venda do Olímpico — já há um investidor interessado no estádio, que seguirá sendo utilizado pelo Grêmio durante os três anos de construção da Arena — e os demais R$ 55 milhões serão investidos pela própria empreiteira.
A Odebrecht acertou a compra do terreno da Habitasul - junto à Avenida Castelo Branco, no bairro Humaitá — por R$ 40 milhões.
Já o projeto da TBZ-OAS prevê a demolição do Olímpico. Levará três anos para ser concluída. O consórcio construirá um estádio para 14 mil pessoas em Eldorado do Sul. A obra terá um custo de R$ 280 milhões, e a TBZ-OAS assumirá o financiamento junto ao banco português Efisa. Nos primeiros 20 anos, os lucros da Arena serão 65% para o Grêmio e 35% para o consórcio. Ambos os projetos prevêem estádio coberto, para 50 mil torcedores sentados em cadeiras e três andares de arquibancadas.
O modelo é o Emirates Stadium, do Arsenal, erguido pela companhia aérea Fly Emirates. O Grêmio venderá o nome da Arena para uma multinacional por R$ 5 milhões anuais. O ingresso mais barato ficará entre R$ 25 e R$ 30.
— Ambos os projetos são viáveis. O clube manterá a sua autonomia no futebol e em receitas advindas da marca Grêmio, bem como a venda de jogadores — disse o diretor de planejamento gremista, Eduardo Antonini.
8 comentários:
Bacana o blog cara! Parabéns!
Vamos fazer parceria!
http://gremiorock.blogspot.com
Abraço!
Vamos lá, cara! Já incluí. Teu blog ocupa um espaço vago, diferente! Parabéns! Abraço
Também estão sendo encontradas novidades sobre a TBZ.O jornalista Marcelo Damato fez um levantamento bem interessante sobre esta empresa.O título - O Mistério que vem de Portugal traz algumas informações como,por exemplo:TBZ - nunca foi gestora de estádios e eventos;empresas que já levaram calote da mesma - Nike,Puma,Inovar,
entre outras.
Endereço-alemdojogo.wordpress.com
Pobre Grêmio.
Maria: oportuna sugestão. Fomos à fonte e estamos reproduzindo, primeiro a matério do blog e depois os comentários:
"O mistério que vem de Portugal
Terça-feira, 8 janeiro 2008
Parece cada vez mais que o grupo de empresas que surgiu em Portugal para operar com futebol não faz bem o que promete. O primeiro caso é o da LusoArenas, empresa que se diz especializada em construção de estádios, mas que nem no próprio site aponta um estádio que tenha construído.
Em comunicação ao blog, a empresa afirma que seus parceiros são confidenciais e citou apenas dois: Náutico e governo da Bahia, sendo que este nem sequer confirma o acordo.
Agora surge no noticiário a TBZ, apontada como uma gestora de estádios, mas que consegue apontar apenas um. o estádio da Cidade de Coimbra. De fato, parece ter mais experiência em gestão de marcas.
Em vários lugares é dito que a TBZ administra o Santiago Bernabéu, estádio do Real Madrid. O que existe é que ela é a gestora da marca Real Madrid na Europa. O acordo é recentíssimo, acertado no final de outubro.
No Brasil a TBZ negocia para ser a gestora do Engenhão, em parceria como Botafogo, e integra uma das propostas para construir e gerir o novo estádio do Grêmio.
A empresa diz que tem 11 anos, mas não se consegue saber o que fazia nos primeiros anos.
Para um país que necessita de mais trabsparência na admonistração do futebol, eses parceiros estão no mínimo na contramão."
"6 Respostas para “O mistério que vem de Portugal”
JoaoBittar Disse:
Terça-feira, 8 janeiro 2008 em 3:46 pm
Pois eh.
Na Eurocopa Portuguesa se construiram alguns belos estadios, arenas etc. Se nao foram esses caras citados na nota, quem seriam? e o que eles tao fazendo hoje? Desistiram de construir estadios? Ou eles nao confiariam na seriedade dos nossos espetaculares dirigentes esportivos?
Alias, eh uma lacuna seria , pelo menos pro portfolio de obras da LusoArenas, que nenhum dos estadios da Euro 2004 seja deles. Ou algum eh?
Nenhum, João, Isso a própria LusoArenas me informou. A não ser, claro, que tenha sido uma “construção secreta”.
(...)
geraldo c araujo Disse:
Quarta-feira, 9 janeiro 2008 em 1:38 pm
A Itália quer exportar lixo para o Paraguai. Os aventureiros do Rally Dakar querem no Brasil a próxima prova. Agora, não bastassem as Odebrecht e OAS tupiniquins, os portugueses querem que importemos empreiteiras picaretas para a construção de estádios. Para essa gente, a América do Sul foi, é, e continuará sendo a Lata de Lixo do Primeiro Mundo.
Cabe a nós, brasileiros, Geraldo, não permitir que sejamos tratados assim. Se deixarmos que eles façam a festa, quem poderá acusá-los?
João Pinto Disse:
Quarta-feira, 23 janeiro 2008 em 10:50 am
TBZ, que giro, gerem mal o Estádio de Coimbra, gerem mal o resto dos negocios da empresa onde não existe lucro, e agora dizem a meio mundo que são os unicos na peninsula Ibérica, como é facil enganar em Portugal.
A TBZ se fosse investigada seriam encontrados problemas fiscais e laborais suficientes para fechar as portas, os parceiros do REal Madrid e do Estádio Engenhão não sabem no que se estão a meter. Perguntem às empresas em Portugal que não recebem à anos da TBZ…..
Caro João Pinto, Seja bem-vindo ao debate! Fico feliz em saber que o blog tem colboradores em Portugal. Escreva sempre.
O que escreveu aqui tem especial valor. Aqui no Brasil sabemos muito pouco sobre a TBZ e a Luso Arenas, que se vendem como empresas de muito sucesso, mas, quando tentamos descobrir algo, não encontramos nada. Se souber como entrar em contacto com essas empresas, por favor me mande. Se preferir, pode usar o e-mail que deixei na página FALE COMIGO. Escreva sempre!
João Pinto Disse:
Quarta-feira, 23 janeiro 2008 em 11:11 am
Basta fazer uma procura na Internet e com um pouco de sorte encontra-se a verdadeira TBZ. Acredito que vão existir grandes problemas no negocio que se esta a iniciar no Brasil.
Existem empresas tais como a Inovar, AAC (académica), O2R, Puma, Nike entre outras que recebem cheques carecas, onde lhes são negados pagamentos e simplesmente a TBZ quando deixa de pagar apenas contrata outra empresa até voltar a fazer o mesmo.
A Académica, João, é a dona do estádio de Coimbra ou ele é público?
João Pinto Disse:
Quinta-feira, 24 janeiro 2008 em 8:20 am
O estádio da Académica pertence à cidade ou seja é do estado.
Obrigado, João, mas parece que foi cedido à Académica. Li isso nuns foruns portugueses. Tenho visto várias crítricas à TBZ nele.
Aliás descobri um detalhe interessante sobre o futebol brasileiro. Em Santos, na mesma cidade do time de Pelé, há um pequeno time chamado Associação Atlética Portuguesa (AAP), mais conhecida como Portuguesa Santista (para diferenciar da Portuguesa de São Paulo, maior e do mesmo estado). E o seu apelido é Briosa. Como a Académica. Pelas coincidências, os fundadores desse clube devem ser de Coimbra."
Essas informações têm de ser recebidas com os devidos cuidados. Pode estar havendo interesse em prejudicar a imagem da TBZ. Se há fundamento ou não, tem de ser averiguado.
O que se sabe, aqui, é que a TBZ se associou com a OAS, uma das importantes empreiteiras brasileiras (como é também a Odebrecht), com o Banco Banif e o projeto apresentado é muito sedutor.
Além disso, até agora, a TBZ, associada com um escritório de arquitetura, já investiu quantia expressiva nos estudos e elaboração do projeto, sob risco total, pois não saberá se haverá retorno. Portanto, essas informações devem ser recebidas com toda cautela. Nos dois sentidos, pois têm de ser analisadas, para ver se são verdadeiras, pois prova não foi apresentada nenhuma.
João, você tem mais fontes sobre a TBZ? Porque eu gostaria de publicá-las no blog que eu fiz sobre a Arena Gremista. Eu já iria fazer uma pesquisa a respeito da TBZ e Odebrecht e um blogueiro já havia me alertado a respeito da TBZ. Se tiver mais fontes, por favor, passa aqui.Ah, o Blog que eu fiz está aqui: http://arenagremista.wordpress.com/
Votem:
http://www.footballderbies.com/rating/index.php?wedstrijd_id=113
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