terça-feira, dezembro 04, 2007

Você concorda? Ou é só para amenizar a queda do Corinthians?

O presidente da FBA acredita que o negócio "Corinthians na Série B" possa ser vantajoso para os dois lados (embora o clube paulista vá receber do Clube dos 13 só metade da cota de televisionamento, que foi de R$ 21 milhões em 2007).
- Foi bom para Palmeiras, Botafogo, Grêmio, Atlético-MG e Coritiba, agora. Para o Corinthians, será melhor ainda, por causa da torcida. O clube vai bater recordes de público.
Não é de se duvidar (confira no quadro ao lado). E, além do reencontro com a torcida, a temporada no inferno pode ser encarada como um spa para clubes grandes em crise. No primeiro ano de volta à elite, Palmeiras e Grêmio, por exemplo, conquistaram vaga na Copa Libertadores.

Fora da elite, grandes reforçam caixa
Se no âmbito esportivo parece o fim do mundo, cair para Série B no Brasil não significa a bancarrota para os clubes mais tradicionais do país. Isso é o que se verifica comparando os balanços oficiais dos fundadores do Clube dos 13 rebaixados no Campeonato Brasileiro neste século, em levantamento feito pela Casual Auditores Independentes.
Dos cinco que estiveram nessa situação, quatro viram suas receitas subirem no ano que passaram na segunda divisão em relação à temporada anterior (o Botafogo foi a exceção).
Palmeiras (2003)
O faturamento com venda de ingressos e direitos de televisão aumentou em R$ 550 mil em relação a 2002. A receita com venda de jogadores pulou de R$ 3,2 milhões para R$ 5 milhões.
Bahia (2004)
No primeiro ano na Série B, mesmo não tendo conseguido acesso, a receita com bilheteria ficou em R$ 5,1 milhões, ou 82% a mais do que conseguiu em 2003, quando caiu.
Grêmio (2005)
A principal injeção de receita foi a venda por 6 milhões de euros de 70% dos direitos federativos do meia Anderson para o Porto. O clube também teve as duas maiores bilheterias da Série B. E o público de 44.237 pagantes em jogo contra o Santa Cruz ficaria entre os quatro maiores da Série A daquele ano.
Atlético-MG (2006)
Na Série A de 2005, ano do rebaixamento, o clube arrecadou R$ 2,23 milhões com ingressos. Na segundona, esse número mais do que dobrou, chegando a R$ 4,53 milhões. Foi o time de melhor média de público em todo o Brasil: 31.992 torcedores por partida.
TICIANO OSÓRIO
zh

3 comentários:

Anônimo disse...

Acho que essa análise está correta.

Anônimo disse...

Para Scolari, rebaixamento foi bom para o Corinthians


Lisboa (Portugal) - O técnico Luiz Felipe Scolari considera que o rebaixamento para a Série B fará bem ao Corinthians. Para o comandante, que levou a seleção brasileira ao pentacampeonato mundial, a queda será uma chance para o clube paulista se reestruturar e montar um time mais competitivo.
''O time não se preparou, não se organizou, não teve uma sistemática correta. Não é por ser grande que não tenha que cair. Caiu, ótimo. Agora tem que recuperar e trabalhar em cima disso, para recuperar no ano que vem'', comentou o treinador, em entrevista à Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal.

Para Felipão, a contratação de Mano Menezes mostra que o clube paulista está seguindo o caminho correto. ''O Corinthians contratou um treinador com grande capacidade de aglutinar jogadores para formar uma equipe, que é o Mano Menezes, e provavelmente a torcida não vai deixar o Corinthians sem suporte'', opinou.

O técnico da seleção portuguesa lembrou o exemplo de seu time, o Grêmio, que caiu de divisão em 2004, mas colheu bons resultados nos anos seguintes ao descenso. ''Agora vai depender do trabalho deles, do Mano, dos atletas e da parte diretiva para que o Corinthians volte à divisão especial. Meu time, o Grêmio, voltou melhor. Às vezes dar um tombo é melhor do que ficar assim. Para o Corinthians acho que foi melhor''.

O treinador, porém, diz que o rebaixamento foi uma punição pela desorganização e falta de planejamento do Timão. ''Provavelmente isso vai ser uma lição que tão cedo não vão esquecer'', disparou.

Anônimo disse...

Recebi a informação de que a dívida da compra do Nenê do Corinthians era em 2002 de 03 milhões de dólares. Hoje o Túlio Macedo, em entrevista, disse que o Grêmio e Corinthians estão discutindo o valor.
Um quer pagar pela conversão atual do dólar outro quer pegar em reais na origem e aplicar correção monetária e juros.