Lucas e Saja comandaram a Batalha de Assunção

O balanço geral da vitória gremista contra o Cerro Porteño na Batalha de Assunção oferece uma quantidade maior de boas notícias do que más. O balanço, enfim, é altamente positivo. Apesar da grande transformação ocorrida no elenco de um ano para o outro, a equipe mostrou entrosamento e consistência no sistema defensivo. Aqui, claramente, vê-se o trabalho do treinador Mano Menezes. O pênalti cometido por Teco não ofusca a atuação de um jogador que apresentou segurança na defesa, apesar das desconfianças que cercaram a sua escalação. Lucas novamente confirmou porque é um jogador diferenciado e a peça mais regular da estrutura de futebol do Grêmio. O goleiro Saja merece um destaque todo especial. Sua escolha como craque do jogo pelas emissoras de rádio de Porto Alegre justifica-se plenamente. O arqueiro tricolor fez duas defesas espetaculares, dignas de vinheta, ainda defendendo uma cobrança de pênalti que poderia ter garantido o empate à equipe paraguaia. Schiavi, mesmo que não tenha tido uma jornada brilhante, foi importante para a catimba e a conversa permanente com os companheiros e a arbitragem. Carlos Eduardo mostrou técnica, submeteu-se ao batismo de fogo em Libertadores e teve uma atuação razoável para uma estréia complicada e fora de casa. A condução excessiva de bola é algo que com o tempo o jogador acabará resolvendo, como o próprio treinador gremista explicou. Preocupante foi a saída do centroavante Tuta que, ao meu ver, mostrou uma carência de grupo que o Grêmio teria no setor ofensivo. Em jogo marcado pela violência da torcida local e dos jogadores do Cerro Porteño que assumiu momentos de batalha, o balanço é excelente e ficou acima do esperado pelos mais atentos torcedores gremistas.