domingo, janeiro 10, 2010

A Arena em "última análise" - Parte II

Respostas sobre a Arena – Parte 2

seg, 04/01/10
por minwer.daqawiya |

PreisP2

Segue a 2ª parte, onde o Preis responde às perguntas sobre valores, duração do contrato e demais itens do negócio. Várias questões enviadas abordavam a mesma questão e por isso perguntas como, por exemplo a 3, 4, 5 e 6 tiveram a resposta condensada em uma só.

1- A arena estão dentro dos orçamentos do clube ou faremos parcerias como o Corinthians fez para trazer o Ronaldo?

O dinheiro será recebido pelo Grêmio e incluído como receita no orçamento do Clube.

2-Em quanto é avaliado o valor do Estádio Olímpico?

Foi avaliado em 60 milhões antes da aprovação do regime urbanístico

3- O estádio Olímpico entra realmente como uma parte do valor de contrapartida para execução?

4- Além da área do Olímpico, o Grêmio vai precisar colocar mais alguma contra-partida financeira para a construção da Arena?

5- Como exatamente o Grêmio vai “pagar” o investimento da OAS? Só a exploração do entorno da Arena vai cobrir a construção e ainda dar lucro para eles ou parte da receita da Arena cobrirá esse valor?

6- Quanto, exatamente, o Grêmio está pagando pela Arena?

O terreno do Estádio Olímpico é o bem imóvel que o Grêmio entregará para a OAS.

Com a aprovação de regime urbanístico para o terreno do Estádio Olímpico e para a área do Humaitá (empreendimentos futuros da OAS), pode-se dizer que esses índices compõem também o valor econômico disponibilizado para a parceira. Além disso, a OAS terá uma participação de 35% do Lucro Líquido Ajustado da Arena, nos aproximadamente 13 anos finais. (após o pagamento do financiamento). Não se tem, hoje, ainda, uma valor financeiro exato para todos esses itens. Por isso o Conselho Deliberativo considerou como contrapartidas básicas a entrega de um Estádio ultrapassado (praticamente a entrega de um terreno, pois a demolição do Olímpico gerará um custo importante) pelo recebimento de um Estádio novo.

7- De onde virá o dinheiro para a construção da Arena?

8- Quanto ao finaciamento, junto a que instituição finaceira será realizado?

Isso está contratado. A OAS empregará 55% de capital próprio e 45% serão financiados.

A OAS porá o dinheiro “na frente” e procurará se ressarcir, posteriormente, em vários anos, nos empreendimentos do Humaitá e da Azenha, e buscar o lucro perseguido.

9- Quem está encarregado do pagamento do finaciamento (Grêmio ou OAS)?

A contratação do financiamento, prestação de garantias, pagamento do financiamento, ditos simplificadamente, serão feitos pela OAS.

10- Quanto tempo para pagá-lo?

O prazo máximo do financiamento será de 10 anos contados do início da obra. Como o prazo de construção está contratado em 30 meses, o prazo para o pagamento será de 7 anos e meio.

11- Qual é o total do custo de construção apenas da Arena?

Cerca de 350 milhões de reais.

12- De quanto será o lucro e para onde irá este valor, alguma parte vai para contratações ou irá tudo para pagar as contas?

13- Quanto o Grêmio irá receber da OAS por ano e como serão feitos esses pagamentos (mensais, semestrais…)?

O Grêmio receberá: primeiro período (o do financiamento) R$7 milhões/ano mais 100% do Lucro Líquido Ajustado e, segundo período (pós-financiamento): R$14 milhões ano mais 65% do Lucro Líquido Ajustado. O preço fixo será reajustado.

14- Esse projeto afetará ou não o futebol? Se gastará muito dinheiro com estádio e esquecerão de montar times competitivos?

15- Com empresa sendo dona de todo o lucro em volta da Arena e mais de uma parcela do que o Grêmio arrecadar nas partidas, vai faltar dinheiro para o futebol? De alguma forma isso poderá influenciar na verba destinada ao futebol?

Nenhuma relação direta com o futebol. As verbas diretas do futebol, venda de jogadores, propaganda na camiseta, verba de TV, e ainda as chamadas receitas de marketing e o quadro social, serão receitas do Grêmio sem nenhuma participação da OAS ou da empresa gestora. Como as parcelas a serem recebidas pelo Grêmio relativas à Arena serão líquidas, poderão, segundo a gestão do Clube, reforçar os recursos destinados ao futebol.

16- O que será dividido entre Grêmio e OAS? (bilheteria, bares, estacionamento, publicidade estática, cotas de tv, renda de shows, convenções, venda de atletas, mensalidades do QS…)

Diria diferente: as receitas de bilheteria, bares, restaurante, naming rigths, locação de cadeiras, locação de camarotes serão arrecadadas pela empresa gestora. Essa empresa arcará como todos os custos e despesas da Arena de forma que os pagamentos a serem feitos ao Grêmio serão líquidos.

17- O que não será dividido?

Já respondido, mas não custa repetir: as verbas diretas do futebol, venda de jogadores, propaganda na camiseta, verba de TV, e ainda as chamadas receitas de marketing e do quadro social, serão receitas exclusivas do Grêmio sem nenhuma participação da OAS ou da empresa gestora.

18- Quais os percentuais?

19- Como será feito o cálculo?

Creio já estarem respondidas no bloco 12/13.

20- Por quanto tempo?

O prazo da parceria será de 20 anos, mediante o regime de direito de superfície, com uma série de cláusulas que dão ao Grêmio a co-gestão, com poder de veto sobre questões essenciais.

21- Existe alguma cláusula de revisão deste contrato, ou seja, poder-se-á valorar? Quanto e quando?

Não há cláusula de revisão.

22- O TERRENO onde será construída a Arena e demais benfeitorias a ela vinculadas passará a ser de propriedade do Grêmio ou haverá a necessidade do pagamento pelo uso do solo? 
Aparentemente a dívida pode parecer desprovida de sentido, mas é importante que isso fique esclarecido, pois, se a propriedade a ser repassada for exclusivamente da construção (e a referência que escuto é sempre à Arena), me parece que o Grêmio passará à condição de “inquilino” do terreno, utilizando-se plenamente das benfeitorias ali construídas, desde que remunere à OAS pela ocupação do terreno. Assim: a propriedade será do terreno (ainda que de parte dele) e das benfeitorias nele existentes ou somente da construção havida sobre o terreno?

O Grêmio será proprietário do terreno (solo). Vigorará direito de superfície, mediante o qual a chamada “superficiária” terá o direito e a obrigação de construir a Arena sobre o solo do Grêmio. Além disso o Grêmio terá resguardado o exercício de direitos de proprietário da Arena. Fiscalizará a obra, receberá ou não a obra. Terá o direito e a obrigação de usar a Arena para todos os jogos. Terá a co-gestão da empresa gestora, preferência para aquisição do controle dessa empresa e a opção de compra dela a qualquer momento dos 20 anos.

Nada a ver com locação. Terá preferência absoluta para seus jogos sobre qualquer outro evento. Treinará de forma a não prejudicar o gramado, resguardo prevalente em qualquer estádio importante no mundo inteiro. Terá uma área de aproximadamente 20.000 metros quadrados para uso exclusivo onde funcionarão a administração do Clube, Lojas, Memorial etc. conforme já informado em questão anterior.

Após 20 anos, extinguir-se-á o direito de superfície, consolidando-se em favor do Grêmio a propriedade plena sem qualquer pagamento para a OAS ou para a superficiária. Também a gestão da Arena passará a ser exclusiva do Grêmio.

23- Quando a parceria acabar (depois dos 20 ANOS), o Grêmio irá receber a Arena em ótimas condições, como na inauguração?

Questão respondida no item 5 da 1ª parte.

24- Qual a despesa de manutenção prevista?

25- De quem é a responsabilidade pela manutenção da Arena?

Há uma simulação de custos e gastos, tanto da Arena, quanto dos eventos, mas esse número ficarei devendo. A responsabilidade pela manutenção da Arena, por todos os custos e despesas ordinários, de jogos e eventos, serão da empresa gestora.

Acrescento, ainda, que existe um documento anexo ao contrato chamado “modelo de negócio” elaborado pela OAS e pelo Banco Santander, com base em informações do Grêmio e trabalho da Fundação Getúlio Vargas (contratada pelo Grêmio), com estudo de viabilidade, contemplando, no detalhe, todos as prováveis receitas e custos e despesas projetados para os 20 anos da parceria.

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