27 de outubro de 2009
PAULO SANT’ANA
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Amnésia ou cegueira?
O Fantástico de domingo passado abriu seu noticiário sobre o Gre-Nal com o locutor dizendo: “Se o árbitro tivesse marcado este pênalti do Bolívar sobre o Réver, o resultado do Gre-Nal seria outro”.
E mostrou o pênalti escandaloso do jogador colorado segurando a camiseta do gremista dentro da área do Internacional, derrubando-o.
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Depois de o Fantástico valorizar o pênalti não marcado como o lance mais importante do Gre-Nal, fui ler os colunistas de Zero Hora no dia seguinte.
O analista de arbitragem da RBS, Chico Garcia, disse no Bate-Bola da TVCOM e escreveu em Zero Hora que “agarrar o adversário pela camiseta nem sempre é pênalti”.
O analista de arbitragem da RBS esqueceu que a regra diz que segurar jogador adversário pelo uniforme fora da área é falta, dentro da área é pênalti.
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Não desisti e fui ler o Wianey Carlet. Nenhuma palavra sobre o pênalti.
Nenhuma.
Fui adiante e li o Mário Marcos de Souza. Nenhuma palavra sobre o pênalti.
Nenhuma.
Aí fui ler o Ruy Carlos Ostermann, página inteira: nenhuma palavra sobre o pênalti.
Nenhuma.
Então passei a ler o Luiz Zini Pires: nenhuma palavra sobre o pênalti.
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Fui correndo ler o Falcão, olhando a coluna de cima para baixo e nada sobre o pênalti, mas no último tópico da coluna do Falcão havia um subtítulo: “Pênalti”.
Enchi-me de esperança de que o Falcão fosse falar sobre o pênalti de Bolívar em Réver. Qual nada! O Falcão escreveu no último tópico de sua coluna sobre o pênalti acontecido no Maracanã, pasmem, no jogo... Botafogo x Flamengo!
Não era de crer!
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Sobravam-me dois ases da crônica esportiva de antanho, que foram convidados para escrever ontem sobre o Gre-Nal em ZH: Lasier Martins e Lauro Quadros. Em ambos os espaços, nenhuma palavra sobre o pênalti. Nenhuma palavra. Nenhuma!
E o jogo não foi 8 a 0, foi 1 a 0. É demais!
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Ou o Fantástico enlouqueceu, ou eu enlouqueci: os coleguinhas não viram o pênalti e, pior, não se referiram ao pênalti.
Que houve? Amnésia? Cegueira? Labirintite? Não pode ser labirintite, sinceramente, porque estou ainda com labirintite, apesar da cirurgia – e lá estava, mesmo assim, em minha coluna um veemente protesto sobre o pênalti.
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Não sei o que houve, mas sempre tive explicações sobre esse fenômeno, eu e o Fantástico estávamos com a razão, o pênalti foi vergonhoso, capital, escandaloso!
E como é que não viram?
Devem ter visto e em conjunto se esqueceram de registrar.
Nota: Também no programa do Sprtv, domingo à noite, entre 3 participantes, houve unanimidade sobre o lance: pênalti indiscutível.No lance, Bolívar, com a mão esquerda puxou a camiseta de Rever e com a direito puxou o braço direito do jogador gremista.
Ao referir-se ao veemente protesto em relação ao pênalti, Santana se referia à seguinte parte da coluna de segunda-feira:
Eu ia dizer que o Duda Kroeff, antes de tudo, é um azarado. Ele e o Autuori.
Azarados porque não puderam jogar no Gre-Nal Máxi Lopez, Tcheco e Jonas. Azarados porque o Victor levou um frangaço indesculpável.
Azarados porque a 36 minutos do segundo tempo Bolívar fez um pênalti escandaloso em Réver e esse juizinho pusilânime que sortearam para o Gre-Nal não marcou.
São uns azarados!
Mas vou me incluir, junto com a torcida do Grêmio, entre os azarados.
Nós é que temos azar por terem quebrado lá atrás o Grêmio com falcatruas e não ter surgido nenhum grande líder como dirigente depois da falência.
Bota azar nisso.
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4 comentários:
Com o Odone de Presidente isso não aconteceria. Ele é macho e não fica de chororô nas entrevistas:
http://blogdomosqueteiro.blogspot.com/2009/10/um-ano-perdido-muito-obrigado-dr-fabio.html
Atendo-se ao post, não dá para dar chance ao azar.A margem para os erros são muito restritas e os dirigentes devem estar cientes desta condição.
Pedir, que a situação seja revertida com gritaria,truculência,entregar jogos,e acusações revanchistas, também não.
Me assusta a tragédia que está acontecendo com o Fluminense e com o Botafogo. Será que nada foi aprendido pelas respectivas direções?
Sobre o título - Amnésia ou cegueira - às vezes, dá a impressão, que o conjunto de pessoas que tem o poder de decisão no Grêmio,sofrem das duas moléstias,e recusam qualquer tipo de tratamento.
Ainda, sobre o Botafogo e o Fluminense, o primeiro tem uma arena à disposição e o segundo um bom patrocinador.
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