quinta-feira, agosto 31, 2006

PARA REFLEXÃO E DEBATE (3)

A QUESTÃO DO VESTIÁRIO "VAZIO "

4. O co-irmão passou pela fase de transição nos anos de 2001/2002/2003. Perdeu quase todos os Gre-Nais e esteve, em duas oportunidades, a um suspiro de cair para a segunda divisão. Mas tomou as medidas corretas. “Limpou” o vestiário e fez contratos longos com atletas promissores formados nas categorias de base. Com isso, foi montando time e fazendo dinheiro para a contratação de jogadores prontos de qualidade.

5. A “limpeza” do vestiário do Grêmio foi mais penosa e complicada. Quando me refiro a “limpeza”, nada tem a ver com a qualidade ou o caráter dos atletas. Sim com a existência de salários, remunerações, custos incompatíveis com a capacidade de pagamento do Clube.
Assim, os anos de 2003 e 2004 foram o período de desmontagem de uma folha de pagamento que chegara a ter um custo mensal de cerca de três milhões de reais. Só no Departamento de Futebol. Para lembrar alguns casos, Zinho chegou a custar mais de trezentos mil mês e outros (vários atletas) com custo entre cem mil a duzentos mil reais.

6. A desmontagem antes referida provocou crise no vestiário. Instabilidade entre comandantes e comandados. Conflitos permanentes. Dificuldade na contratação de novos atletas pela enorme diferença de remuneração que acabava provocando.

7. Em 2003, o Grêmio foi razoavelmente bem na Copa Libertadores, mal no campeonato gaúcho, iniciou bem o brasileiro, mas desandou, salvando-se do descenso em um enorme esforço no final do campeonato. Esforço insuficiente no ano de 2004 resultando na queda para a série B.

8. Aconteceu, aí, a fase final da “limpeza”. Tanto assim que, ao assumir, a nova Direção (12/2004)tinha à disposição, segundo me lembro, os seguintes jogadores: Andrey (hoje no Figueirense), Galatto (herói da "Batalha dos Aflitos"), Marcelo Grohe, Luiz Felipe, Thiago Prado (no Figueirense), Nunes, Leanderson, Bruno, Samuel, Cláudio Pitbull, Christian, Marcelinho, Anderson. Despontando Lucas e Bruno Coutinho.
9. Christian propiciou aos cofres do Clube cerca de quinhentos mil dólares, Pitbull cerca de 500 mil Euros, Marcelinho um milhão de reais por parte dos direitos federativos.
Claro que a montagem de uma nova equipe foi difícil diante da escassez de recursos financeiros, escassez que já acontecia desde a quebra da ISL. Em política realista, tinha de ser montado um time barato, pois o Clube não dispunha de recursos para grandes investimentos.
10. A grande mudança aconteceu com o destaque e a “venda” de Anderson.
(continua)

quarta-feira, agosto 30, 2006

Reflexão e debate

Amanhã teremos reflexão e debate 3.

E VIVA MAIS UMA VITÓRIA DO NOSSO TIME!

BI DA LIBERTADORES

Há 11 anos, no dia 30 de agosto de 1995, o Grêmio conquistava pela segunda vez a Copa Libertadores da América.
Resultados dos jogos finais: 3 a 1, no primeiro jogo, no Estádio Olímpico, e empate de 1 a 1 na Colômbia contra o Nacional de Medellin.
A primeira Libertadores e o Mundial do Japão foram conquistados em 1983.
Bons tempos aqueles. Que retornem o mais breve possível. Essa recuperação dependerá de muito planejamento, trabalho, esforço e talento.
Parabéns a todos os gremistas!

terça-feira, agosto 29, 2006

Mais um vez muito obrigado!

Não sabia que o tema despertasse tanto interesse. Tenho recebido um volume de informações que me obrigará a me debruçar mais ainda sobre esse estudo! Tenham um pouquinho de paciência. Aguardem. Vem coisa boa. Muito obrigado mesmo a todos os que me têm enviado material. "De primera barbaridade".

sábado, agosto 26, 2006

obrigado pela colaboração

Agradeço o fornecimento de dados. São informações preciosas que ajudarão muito na continuação da análise que iniciei. Continuem mandando. Prometo fazer bom uso.

PARA REFLEXÃO E DEBATE (2)

2. Miranda assumiu em plena fase de transição para a 'Lei Pelé' . Salários tipo 'Dunga', acima das forças de pagamento do clube. Fez contratos curtos com jogadores contratados para a emergência e contratos longos com jogadores promissores, especialmente das categorias de base. Vendeu e bem jogadores que, em breve, teriam 'passe livre' com prejuízo total para o Clube. Deixou o vestiário livre 'vazio' de problemas e com jogadores valiosos e futurosos, ex.: Nilmar.
3. Obino recebeu o clube com uma boa equipe de futebol, mas com o vestiário (por ele chamado, numa infelicidade de 'buraco do amor'), transformado num barril de pólvora. Os grandes contratos, grandes no valor e no prazo (ex. o goleiro com custo em torno de R$ 150 mil mensais) . Nessas condições, Danrlei, Tinga, Anderson, Roger etc. Gilberto com a segunda parcela da 'compra' atrasada desde a metade de 2002. Impostos atrasados. FGTS não recolhido. Jogadores já dispensados cobrando elevados valores, ex., Zinho (cerca de 3 milhões), Valdo. Uma folha de pagamento maior do que toda a receita do Clube. Nenhum jogador 'vendável', pois os principais nomes ninguém queria pelos salários muito acima do mercado.
(continua)

PARA REFLEXÃO E DEBATE (1)

A MELHOR CONTRATAÇÃO QUE A GENTE PODE FAZER É PAGAR OS SALÁRIOS EM DIA.
Esta frase foi atribuída ao Presidente do Co-irmão (ZH, 20/08/06, p. 61).
Traz à reflexão algumas questões fortemente controvertidas sobre nossos Clubes de futebol.
Futebol é bola na rede. Agenda estratégica não interessa.
Frase pronunciada em programa de rádio por outra de nossas estrelas (?) da política clubística.
No Co-irmão, a recuperação começou com Fernando Miranda.
A frase provoca erisipela em alguns setores.
Quem quebrou o Grêmio?
Embora todos saibam, é outra pergunta que provoca calafrios.
Fernando Miranda e Flávio Obino foram mártires, vítimas, sacrificados por uma causa, ou foram, mesmo, incompetentes?
É melhor assumir o clube com o vestiário 'vazio' ou com jogadores descontentes tendo como crédito remunerações acima da capacidade de pagamento do Clube, em atraso, contratos longos ?
Sem a pretensão de ensinar ninguém nem a veleidade de esgotar o assunto, deixo algumas idéias para reflexão e debate.
1. O pagamento de salários em dia é fundamental. Não se argumente com a exceção de circunstâncias nas quais a quebra da regra foi contornada pela habilidade, durante pequeno prazo . Nem com os casos nos quais os jogadores ganhavam fortunas tão grandes que o não pagamento dos direitos de imagem não lhes causava nenhum problema financeiro. Desde que pagos os salários. Os problemas, nesses casos, foram contornados momentaneamente. Seguiram-se o descontentamento, a baixa produtividade, as reclamatórias trabalhistas, as ações cíveis, os bloqueios de receitas, o estrangulamento financeiro.
(continua)

quarta-feira, agosto 23, 2006

Minha primeira contribuição

Gostei desta análise feita por Evandro Krebs no site finalsports.com.br

Quebra de paradigmas
Fernando Miranda estudou, pegou um clube no atoleiro, teve a coragem de botar a cara para bater, enfrentou com valentia poderosos e ultrapassados “Coronéis” e deixou como legado a cultura de uma nova e responsável gestão desportiva.
Fernando Carvalho mostrou sensibilidade e competência, administrando com inteligência conflitos institucionais, reformulando estruturas operacionais e implementando projetos estratégicos com visão moderna e resultados vitoriosos.
Do outro lado da gangorra, um Grêmio patinando em seu momento de transição. Ainda esfacelado politicamente, vive a cultura do apaga incêndio, faltando-lhe humildade para lamber feridas internas e capacidade para acelerar quebra de paradigmas na busca de novos rumos.
Em véspera de eleições, mais importante que o candidato é o perfil da candidatura. O clube precisa, antes de mais nada, promover unidade e independência política e gestão verdadeiramente profissional.
Evandro Krebs

Obrigado Pelo Convite

Convite aceito. Vou começar a participar. Abraço a todos

terça-feira, agosto 22, 2006

A SABEDORIA DO EVANDRO

Jovem guarda x Velha guarda
As recentes discussões políticas entre conselheiros gremistas vêm sendo marcadas pela intolerância. Está certo que os temas são bastante polêmicos, em especial, a questão envolvendo a alteração estatutária que propõe novas regras na participação eleitoral do quadro associativo, entretanto, não se justificam algumas declarações públicas marcadas pela agressividade e patrulhamento ideológico.
O Grêmio como um todo lutou e, legitimamente, conquistou a democracia. Agora, fundamental será o equilíbrio no exercício do estado democrático. O talento da convivência no contraditório decorre de um processo de amadurecimento institucional.
Nossos times vencedores, nesses quase 103 anos de existência, sempre foram marcados pela mescla entre experiência e juventude, dentro e fora de campo.
Calma gente, aqueles que pensaram um dia que eram donos de uma só verdade tornaram-se bem cedinho páginas viradas. O caminho para a retomada passa pela compreensão de que necessitamos unidade de forças, ampliação participativa e pluralidade de idéias e não intransigência, exclusão e exclusividade.
Evandro Krebs no finalsports.com.br

segunda-feira, agosto 21, 2006

ELEIÇÕES 2

§ 9º. É inelegível o candidato a Membro do Conselho de Administração que, quando do exercício de qualquer cargo no GRÊMIO ou em outra entidade, não tiver as respectivas contas aprovadas.
Art. 58. A Assembléia Geral reunir-se-á:
I – Em sessão ordinária:
a) a cada dois anos, na segunda quinzena de outubro, para eleger o Presidente e os Vice- Presidentes do GRÊMIO, exceto quando houver apenas uma chapa aprovada pelo Conselho Deliberativo;
b) a cada três anos, no mês de setembro, para eleger os Membros titulares e suplentes do Conselho Deliberativo.

ELEIÇÕES NO GRÊMIO

Art. 57. As respectivas eleições dar-se-ão por meio de chapas, que deverão conter os nomes dos candidatos:
a) a Presidente e aos 6 (seis) cargos de Vice- Presidentes do GRÊMIO; ou
b) (...).
§ 1º. As chapas deverão ser registradas na Secretaria do GRÊMIO no mês de setembro do ano das eleições, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da publicação do anúncio convocatório da Assembléia Geral.
§ 2º. As eleições para Presidente e Vice- Presidentes do GRÊMIO serão precedidas de aprovação prévia das chapas, na forma que segue:
I – o Conselho Deliberativo se reunirá para aprovação das chapas concorrentes à eleição do
Presidente e dos Vice-Presidentes do GRÊMIO,
observado o seguinte:
a) cada Conselheiro votará em uma chapa, em sua composição completa;
b) o escrutínio será secreto;
c) será considerada aprovada a chapa que obtiver por 30% (trinta por cento) dos votos dos
presentes, no mínimo.
II – caso nenhuma das chapas inscritas alcance o quociente mínimo de aprovação, proceder-se-á, de imediato, nova votação, em que somente concorrerão as 2 (duas) chapas que tiverem
obtido o maior número de votos;
III – ultimada a apuração o Presidente do Conselho Deliberativo fixará as nominatas das
chapas habilitadas a concorrer à eleição do Presidente e dos Vice-Presidentes do GRÊMIO
em local acessível, para conhecimento dos associados;
IV – ultimada a aprovação pelo Conselho Deliberativo, a Assembléia Geral se reunirá, no
prazo máximo de 10 (dez) dias, para eleição do Presidente e dos Vice-Presidentes do GRÊMIO.
V – se apenas uma chapa for aprovada, o Presidente do Conselho Deliberativo a aclamará
eleita, dispensada, nesse caso, a realização de eleição pela Assembléia Geral.